terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Um jornalismo decadente



Durante longo tempo, a “globonews” era  meu canal de televisão favorito. Jornalismo sério, comedido, sem a “apelação” dos canais abertos, com suas  chacinas e escândalos, tão a gosto da população, “inculta e bela”. Todavia, de um tempo a esta data, aquele canal fechado parece ter sido tomado pelo que, em tempos idos e vividos, chamávamos “esquerda festiva” e, hoje, traduz-se por “esquerda caviar”, no caso, jornalistas  com robustos salários, mas que têm orgasmos cívicos, quando a “lava-jato” encana mais um, ou quando o Trump assina mais um decreto. Há por exemplo, a apresentadora do jornal das 19 horas que não contém seu entusiasmo, quando alguma medida do governo desafina. Como não tem a competência do Boechat para comentar, saindo do “tele prompter”, limita-se a fazer “caras e bocas”, para expressar seu desagrado. O “Manhatan Conexion” então, que era imperdível à  época do Francis, transformou-se no jogo de todos os erros, já que colide com todas as previsões, como, por exemplo, afirmar que “Hillary vai ganhar de lavada”. Diogo Mainard, querendo ser um novo Francis, transformou-se numa caricatura do autor de “Cabeça de Papel”. A bola da vez, para o desencontrado e tosco grupo, é o Trump, que vai materializando suas promessas de campanha. Omitem que a bolsa de Nova York bateu 20 pontos, após Trump anunciar as medidas econômicas do novo governo. Omitem que a “Ford”, a “General Motors” e até a “Hyundai resolveram investir nos Estados Unidos, abandonando o México, onde lhes era oferecida mão-de-obra escrava e esses novos investimentos gerarão novos empregos, exatamente como Trump previra. Omitem que a revisão dos tratados comerciais tem, por objetivo, gerar vantagens econômicas para os Estados Unidos. E a “turminha” só fala do muro que Trump quer e vai erguer, para proteger o País dos imigrantes ilegais que, via de regra,  são condutores da marginalidade, em todos os sentidos. Por mais óbvio que possa   parecer, quem elegeu Trump o fez pelas suas propostas, inclusive a de erguer o malfadado muro. Assim, se ele cumpre suas promessas de campanha, apenas está sendo coerente e afinado com seus eleitores. Quem não gostar que reúna condições para mandar o homem para casa, daqui a 4 anos. Lá, funciona esta coisa volátil, chamada democracia, onde, ao contrário de nosso amado Bananil, o legislativo legisla, o Executivo executa e o Judiciário julga. O certo é que, desde  que Roberto Marinho se foi, as “Organizações Globo” viraram a “casa da mãe Joana”. Quem quiser – e eu quero – que mude de canal e lá vou eu para o jornal da  Bandeirantes e para o “animal planet”, onde bichos os há bem mais interessantes que os animais falantes da “globonews”.

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