quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O fantasma que aparece, mas não assusta.




Outro dia, conversando com um peso-pesado da política nacional, ex-Ministro, deputado federal por três legislaturas, surpreendeu-me ele com a informação de que, como ‘’vingança contra o País’’, que promoveu a derrocada do lulopetistmo, Lula estaria preparando uma ‘’frente de esquerda’’, para lançar Ciro Gomes, como candidato à presidência, em 2018. Achei a informação desfocada da realidade, já que Ciro Gomes é uma espécie de fantasma, na política, aparece, de quando em vez, leva umas cacetadas, submerge e, quando menos se espera, volta à tona. Mas não é que meu amigo tinha razão? Leio, hoje, que Ciro Gomes chegou atirando no Presidente Temer, em FHC, em Serra e no próprio Lula. Ciro é homem de cabeça confusa. Andou por ‘’Harvard’’ e, como provavelmente seu inglês fosse manco, não entendeu as lições, que lhe foram ministradas e suas entrevistas são puro besteirol. ‘’Filhote da ditadura’’, como se dizia antigamente, surgiu, na política, pelas mãos do então Governador, Tasso Jereissati, a mais importante liderança cearense da época. Ciro ingressou no PDS, partido do regime militar e que sucedeu à ARENA. Depois passou, literalmente, por todos os partidos, à direita e à esquerda, ocupou, de forma opaca, alguns Ministérios e, candidato a Presidente da República, sempre levando pau. Seu grande feito foi ter se casado com importante atriz, bonita, competente e que, enquanto lutava, bravamente, contra o câncer, ele a diminuiu, em um programa de televisão, dizendo que, caso fosse eleito, a ela estariam destinadas, exclusivamente, funções domésticas. Ou porisso, ou por outras razões ela o mandou passear, ele perdeu as eleições e ela continua, linda como nunca, competente, como nunca. Ciro, o fantasma de idéias confusas, ressurge, ao que consta, querendo captar as abstenções, ocupar o vácuo, deixado pelo PT e, a partir daí, pavimentar sua estrada para o Planalto. Se esta for a ‘’vingança’’, planejada pelo Lula, como me confidenciou o ilustríssimo amigo, não atingirá ninguém. O Brasil – como ensinaram as últimas eleições – mudou de rumo, não mais dando espaços para políticos de idéias velhas, independentemente da idade cronológica dos mesmos. O Estado assistencialista emite seus últimos suspiros, dando lugar ao Estado responsável, enxuto, que só gasta o que arrecada, com políticas públicas, realmente voltadas para os menos favorecidos e sem interesses eleitoreiros. Ciro Gomes representa, ainda, o velho caciquismo nordestino que, só porque tomou banho, passou perfume e vestiu ‘’jeans’’, imagina-se moderno. Parece que Ciro Gomes quer ser o Vladimir Putin tupiniquim. Até que, fisicamente, eles se parecem... e se merecem. Vade retro! 

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