Outro dia, conversando com um peso-pesado da política
nacional, ex-Ministro, deputado federal por três legislaturas, surpreendeu-me
ele com a informação de que, como ‘’vingança contra o País’’, que promoveu a
derrocada do lulopetistmo, Lula estaria preparando uma ‘’frente de esquerda’’,
para lançar Ciro Gomes, como candidato à presidência, em 2018. Achei a
informação desfocada da realidade, já que Ciro Gomes é uma espécie de fantasma,
na política, aparece, de quando em vez, leva umas cacetadas, submerge e, quando
menos se espera, volta à tona. Mas não é que meu amigo tinha razão? Leio, hoje,
que Ciro Gomes chegou atirando no Presidente Temer, em FHC, em Serra e no
próprio Lula. Ciro é homem de cabeça confusa. Andou por ‘’Harvard’’ e, como
provavelmente seu inglês fosse manco, não entendeu as lições, que lhe foram
ministradas e suas entrevistas são puro besteirol. ‘’Filhote da ditadura’’,
como se dizia antigamente, surgiu, na política, pelas mãos do então Governador,
Tasso Jereissati, a mais importante liderança cearense da época. Ciro ingressou
no PDS, partido do regime militar e que sucedeu à ARENA. Depois passou,
literalmente, por todos os partidos, à direita e à esquerda, ocupou, de forma
opaca, alguns Ministérios e, candidato a Presidente da República, sempre
levando pau. Seu grande feito foi ter se casado com importante atriz, bonita,
competente e que, enquanto lutava, bravamente, contra o câncer, ele a diminuiu,
em um programa de televisão, dizendo que, caso fosse eleito, a ela estariam
destinadas, exclusivamente, funções domésticas. Ou porisso, ou por outras
razões ela o mandou passear, ele perdeu as eleições e ela continua, linda como nunca,
competente, como nunca. Ciro, o fantasma de idéias confusas, ressurge, ao que
consta, querendo captar as abstenções, ocupar o vácuo, deixado pelo PT e, a
partir daí, pavimentar sua estrada para o Planalto. Se esta for a ‘’vingança’’,
planejada pelo Lula, como me confidenciou o ilustríssimo amigo, não atingirá
ninguém. O Brasil – como ensinaram as últimas eleições – mudou de rumo, não
mais dando espaços para políticos de idéias velhas, independentemente da idade
cronológica dos mesmos. O Estado assistencialista emite seus últimos suspiros,
dando lugar ao Estado responsável, enxuto, que só gasta o que arrecada, com
políticas públicas, realmente voltadas para os menos favorecidos e sem interesses
eleitoreiros. Ciro Gomes representa, ainda, o velho caciquismo nordestino que,
só porque tomou banho, passou perfume e vestiu ‘’jeans’’, imagina-se moderno.
Parece que Ciro Gomes quer ser o Vladimir Putin tupiniquim. Até que,
fisicamente, eles se parecem... e se merecem. Vade retro!
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