Sabe aquela historia que há males que vêm para bem? Pois o
Executivo cortou cerca de 800 milhões, no orçamento do Tribunal Superior
Eleitoral e esse, alegando falta de verba, informa que, nas eleições municipais
do próximo ano, o voto será ‘’no papel’’.
A informação cheira a uma pequena chantagem, vez que as urnas eletrônicas foram
utilizadas nas eleições do ano passado e devem estar em bom estado. Por outro
lado, quanto se vai gastar com impressão de cédulas eleitorais e compra de
urnas de lona? De qualquer maneira, se a anunciada substituição se efetivar,
fico aliviado. Sempre tive o pé atrás com o voto eletrônico. Fico a me
perguntar: se países desenvolvidos, possuindo alta tecnologia, como Estados
Unidos, Alemanha, Inglaterra, ainda se utilizam do voto no papel, não seria
porque o voto eletrônico não merece confiabilidade? Com muita freqüência,
recebemos noticia de ‘’hackers’’
invadindo o sistema bancário e até o da Casa Branca. Se assim o é, não poderiam
esse piratas eletrônicos invadirem nosso sistema de votação, alterando o
resultado das eleições? Tudo bem, que o retorno ao voto no papel pode retardar
a proclamação do resultado, o que, na verdade, trará mais emoção, com o sobe e
desce dos candidatos. E a mim, analfabeto nestas coisas de informática, onde
navego de jangada, parece-me mais segura a fiscalização da votação e possível a
recontagem, em caso de dúvida. O Presidente do TSE, Dias Toffoli (aquele que,
mesmo reprovado em concurso de Juiz, virou Ministro do Supremo) considerou um
retrocesso o retorno ao voto impresso. Pode até ser, mas o importante é que o
direito ao voto possa ser exercido de forma a legitimar os candidatos eleitos.
E há outra coisa, a merecer especial atenção: o TSE anunciou que se iniciou
licitação para compra de 100 mil novas urnas eletrônicas. Assustado, o
cachorro, que ouviu a noticia a meu lado, perguntou-me: - ‘’será que, em menos de um ano foram criados mais 100 mil municípios?’’
E, para concluir, se o Congresso aprovou novo sistema de votação, pelo qual o
eleitor, ao votar, sairá com o respectivo comprovante (como acontece quando se
usa o cartão de débito ou crédito), por que comprar mais urnas eletrônicas que,
em dois anos, serão desativadas? Antes que eu concordasse com o corte,
promovido por Dª Dilma, meu cachorro arrastou-me para longe da televisão.
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