Amanhã, o Brasil estará com seus olhos voltados para o
Supremo Tribunal Federal. O Ministro Edson Fachin, ainda refém de seu visgo
petista, interferiu no Poder Legislativo e suspendeu o processo de impeachment
da Presidente Dilma, quebrando o principio constitucional da soberania dos
poderes. Cumpriu Fachin seu papel de serviçal do Planalto. Com o tempo, suportará
ele, com desenvoltura, o peso da toga e constatará que a responsabilidade de
integrar aquela Corte é maior do que quaisquer interesses, venha de onde
vierem. A matéria, a ser apreciada nesta quarta-feira, não traz qualquer
dificuldade, basta que se adote o mesmo procedimento, utilizado na cassação do
Presidente Collor. Não há o que inovar, até porque, ao contrário do que pensa o
Ministro Fachin, falece ao Supremo poderes para ‘’criar’’ normas, atribuição inerente ao Legislativo. Espera-se,
todavia, que o servilismo do Ministro Fachin seja obstado pelo legalismo de
seus pares, principalmente os de lastro jurídico mais sólido, como é o caso dos
Ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e Gilmar Mendes. O ideal mesmo é que um
desses Ministros pedisse ‘’vista’’, o que jogaria a solução do impasse para
fevereiro, permitindo que o recesso acalmasse os ânimos e o Brasil tivesse 40
dias para alcançar, com bom senso, a solução que melhor atenda a seus
interesses. Urgente mesmo, é o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da
Câmara, vez não ter ele estofo moral para conduzir a primeira fase do processo
de impeachment. Aliás, a nau dos desesperados do Planalto tem utilizado a
decrepitude moral de Cunha, para blindar a Presidente. Ora, até o cachorro, que
cochila a meu lado, sabe que o pedido de impeachment tem, como subscritor
principal, o jurista Helio Bicudo, que tem, em seu currículo, o registro de ser
fundador do PT. Aliás, Dilma envidou esforços para ‘’salvar’’ Cunha, até que os
representantes do PT, na Comissão de Ética, obedecendo ao comando de Rui
Falcão, resolveram jogar Cunha na fogueira e ele, como bom ‘’negocista’’, que retinha o pedido de impeachment, elaborado por
Helio Bicudo, jogou-o às feras. A idéia de segurar o julgamento, no Supremo,
até fevereiro, poderá trazer a Presidente Dilma à reflexão. Talvez a faça
pensar, menos em si mesma e mais no número de desempregados, que cresce a cada
dia, porque o País ‘’parou’’, porque
nela ninguém mais confia. E essa reflexão poderá levar a Presidente, num gesto
de grandeza, a renunciar. Não que Michel Temer seja o ideal para o Brasil, mas,
como diria o filósofo Tiririca, ‘’pior
que está, não fica’’.
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