quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O eterno retorno da história



É realmente impressionante como os fatos históricos vão se repetindo, tão mais rapidamente quanto seja a fragilidade do País, onde tais fatos se sucedem. Vejam o exemplo do Brasil: ontem, em 1991, quando se instaurou o processo de impeachment do então presidente, Fernando Collor de Mello, constituiu-se, na Câmara Federal, uma ‘’tropa de choque’’, cujo comandante era o deputado ‘’mensalão’’, Roberto Jefferson, com o objetivo de barrar o impeachment. O certo é que o choque da tropa deu com os burros n’água e Collor foi cassado, pela vontade da maioria esmagadora dos Congressistas. Agora, a história se repete: colocado na praça o impeachment da presidente Dilma e a cassação do Deputado Eduardo Cunha, ambos formaram suas respectivas ‘’tropas de choque’’, integradas por deputados de conhecida (má) reputação, a primeira contando, até com a colaboração de um Ministro do Supremo Tribunal Federal, o ultimo a ingressar na Corte e antigo escudeiro do petismo. São dois exércitos brancaleones – o de Dilma e o de Eduardo Cunha – verdadeiras forças do mal a pretenderem vencer a dignidade – ou o que sobrou dela – do povo brasileiro. Dilma, tentando transformar em verdade a mentira, repete, incontáveis vezes, que ‘’não cometeu nenhum crime’’, como se o prejuízo dado à Petrobrás, pela tenebrosa transação da Refinaria de Pasadena, não constituísse nenhum crime. Como se o dinheiro, ilicitamente desviado da Petrobrás para abastecer sua campanha, não constituísse nenhum crime. Como se as ‘’pedaladas’’, que contribuíram para essa depressão econômica, que retrai investimos, que gera desemprego, não constituíssem nenhum crime. A ‘’tropa de choque’’ dessa melancólica presidente, que se elegeu com 25% dos votos dos brasileiros, quer que o processo de impeachment seja julgado ainda em janeiro, período de férias, as grandes cidades esvaziadas, para que a população não exerça pressão, a favor do impeachment. São tão infamemente descarados, que não escondem, mais, declaram essa abjeta estratégia. Quanto a Eduardo Cunha, reflete ele o ignominioso nível do Congresso Nacional, em sua esmagadora maioria, freqüentadores do Código Penal. Dilma e Cunha se merecem e, ao contrário de Collor, sairão pelas portas dos fundos, se possível, em direção à Papuda. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário