É realmente impressionante como os fatos históricos vão se
repetindo, tão mais rapidamente quanto seja a fragilidade do País, onde tais
fatos se sucedem. Vejam o exemplo do Brasil: ontem, em 1991, quando se
instaurou o processo de impeachment do então presidente, Fernando Collor de
Mello, constituiu-se, na Câmara Federal, uma ‘’tropa de choque’’, cujo comandante era o deputado ‘’mensalão’’, Roberto Jefferson, com o
objetivo de barrar o impeachment. O certo é que o choque da tropa deu com os
burros n’água e Collor foi cassado, pela vontade da maioria esmagadora dos
Congressistas. Agora, a história se repete: colocado na praça o impeachment da
presidente Dilma e a cassação do Deputado Eduardo Cunha, ambos formaram suas
respectivas ‘’tropas de choque’’,
integradas por deputados de conhecida (má) reputação, a primeira contando, até
com a colaboração de um Ministro do Supremo Tribunal Federal, o ultimo a
ingressar na Corte e antigo escudeiro do petismo. São dois exércitos brancaleones
– o de Dilma e o de Eduardo Cunha – verdadeiras forças do mal a pretenderem
vencer a dignidade – ou o que sobrou dela – do povo brasileiro. Dilma, tentando
transformar em verdade a mentira, repete, incontáveis vezes, que ‘’não cometeu nenhum crime’’, como se o
prejuízo dado à Petrobrás, pela tenebrosa transação da Refinaria de Pasadena,
não constituísse nenhum crime. Como se o dinheiro, ilicitamente desviado da
Petrobrás para abastecer sua campanha, não constituísse nenhum crime. Como se
as ‘’pedaladas’’, que contribuíram
para essa depressão econômica, que retrai investimos, que gera desemprego, não
constituíssem nenhum crime. A ‘’tropa de
choque’’ dessa melancólica presidente, que se elegeu com 25% dos votos dos
brasileiros, quer que o processo de impeachment seja julgado ainda em janeiro,
período de férias, as grandes cidades esvaziadas, para que a população não
exerça pressão, a favor do impeachment. São tão infamemente descarados, que não
escondem, mais, declaram essa abjeta estratégia. Quanto a Eduardo Cunha,
reflete ele o ignominioso nível do Congresso Nacional, em sua esmagadora
maioria, freqüentadores do Código Penal. Dilma e Cunha se merecem e, ao
contrário de Collor, sairão pelas portas dos fundos, se possível, em direção à
Papuda.
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