quarta-feira, 18 de março de 2015

O transplante da moda

Vários assuntos, nacionais e internacionais, desafiam a pena deste modesto escriba: os novos denunciados da operação “lava jato”; a “expulsão” da Petrobrás do índice da bolsa de Nova York; as execuções no Paquistão; a eleição em Israel, com a surpreendente vitória do Primeiro Ministro Netanyahu e seus reflexos nos eternos conflitos do Oriente Médio. Uma rápida visão no noticiário permite-nos concluir que o mundo detesta a paz, por isso me foco na noticia mais auspiciosa dos últimos tempos: realizado, com sucesso, o primeiro transplante de pênis do mundo. E complementa a noticia: “o transplantado, um jovem de 21 anos, manteve relações com sua namorada, obtendo satisfatória ereção.” (Google noticias, 17/3). Tudo bem que o conceito de “satisfatório” deixa o tema meio vago: “satisfatório para mais ou para menos?”. Para quem já passou dos 60 a ambivalência do termo perde a relevância, porque o simples “satisfatório”, já está para lá de excelente, principalmente porque a noticia nos dá conta que o objeto transplantado não tem prazo de validade definido. Resolve-se o problema dos Viagras da vida, repletos de contra indicações, principalmente para quem tem problemas cardiovasculares, comuns nos da “pior idade”. Um médico, amigo e cliente, que encheu os bolsos, descobrindo o filão da cirurgia bariátrica, liga-me, avisando que está de malas prontas: vai aprender a realizar o tal transplante. Divulgou a noticia e já tem mais de mil na fila. Consulta-me para saber se existe um meio jurídico de compelir os planos de saúde a bancarem tal cirurgia. Respondo que carece estudar o assunto, mas vejo, com otimismo, as possibilidades jurídicas de sucesso, se mais não fosse, porque juízes e juízas, principalmente dos Tribunais Superiores, têm real interesse no feito. 

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