O transplante da moda
Vários assuntos, nacionais e internacionais, desafiam a pena
deste modesto escriba: os novos denunciados da operação “lava jato”; a “expulsão”
da Petrobrás do índice da bolsa de Nova York; as execuções no Paquistão; a
eleição em Israel, com a surpreendente vitória do Primeiro Ministro Netanyahu e
seus reflexos nos eternos conflitos do Oriente Médio. Uma rápida visão no noticiário
permite-nos concluir que o mundo detesta a paz, por isso me foco na noticia
mais auspiciosa dos últimos tempos: realizado, com sucesso, o primeiro
transplante de pênis do mundo. E complementa a noticia: “o transplantado, um jovem de 21 anos, manteve relações com sua
namorada, obtendo satisfatória ereção.” (Google noticias, 17/3). Tudo bem
que o conceito de “satisfatório” deixa
o tema meio vago: “satisfatório para mais
ou para menos?”. Para quem já passou dos 60 a ambivalência do termo perde a
relevância, porque o simples “satisfatório”,
já está para lá de excelente, principalmente porque a noticia nos dá conta que
o objeto transplantado não tem prazo de validade definido. Resolve-se o
problema dos Viagras da vida, repletos de contra indicações, principalmente
para quem tem problemas cardiovasculares, comuns nos da “pior idade”. Um médico, amigo e cliente, que encheu os bolsos,
descobrindo o filão da cirurgia bariátrica, liga-me, avisando que está de malas
prontas: vai aprender a realizar o tal transplante. Divulgou a noticia e já tem
mais de mil na fila. Consulta-me para saber se existe um meio jurídico de
compelir os planos de saúde a bancarem tal cirurgia. Respondo que carece
estudar o assunto, mas vejo, com otimismo, as possibilidades jurídicas de
sucesso, se mais não fosse, porque juízes e juízas, principalmente dos
Tribunais Superiores, têm real interesse no feito.
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