terça-feira, 10 de março de 2015

A Inglória fala da Presidente

Brocardo, que remonta ao Império Romano, já recomendava que ‘’melhor calar do que falar mal’’ (melior tacere quod mala verba loqui’’). Desconhecendo tal brocardo, o Presidente veio à televisão, disse o óbvio, mas seguiu mentindo para justificar o injustificável. Que o ajuste fiscal é inevitável, até o cachorro, que cochila a meu lado, sabe. O rombo aberto, em nossa economia, por tantos anos de irresponsabilidade, incompetência e gatunagem – marcas profundas deixadas pelo petismo – precisa ser recomposto. Todavia, constitui grosseira falácia da Presidente afirmar que ‘’nem de longe o Brasil está vivendo a crise nas dimensões que dizem alguns.’’ Esses ‘’alguns’’, a que a senhora se refere, Presidente, à exceção de seus apaniguados, são todos os brasileiros que suportam a maior carga tributaria do planeta, que viram sua conta de luz dobrar de valor, que vão ao supermercado e constatam que os preços de produtos essenciais subiram muito além dessa manipulada inflação de 7%, anunciada pelo seu desastrado (des)governo. Era esperado que a senhora colocasse a culpa ‘’no noticiário que confunde mais do que esclarece. ’' A senhora, por obvio, desejaria que ‘’o noticiário’’ estivesse manipulado e oprimido, como na Argentina e na Venezuela. Todavia, apesar das ameaças de seu criador, Lula, em ‘’botar o exército do Stédile na rua’’, em nosso País a Imprensa permanece livre e altiva e não é por outra razão que toda ela condena a administração petista e o esquema de corrupção, que a sustenta.  Afirmar, como o fez a Presidente, que tomou uma ‘’decisão corajosa de promover o ajuste fiscal’’ e que ‘’esta situação é passageira’’, é pretender que o Brasil dê a ela carta branca, até que o ‘’tsuname’’ passe e, isto, é inviável.  O certo é que o ‘’panelaço’’ de domingo e a manifestação do próximo dia 15 estão a demonstrar que a Presidente, malgrado sua verborragia, não mais detém nem mesmo o apoio da minoria, que a elegeu. Qualquer reforma, profunda e séria, só se viabilizará com outro Presidente. Negar a possibilidade do impeachment, é sofisma jurídico, que o ilustre jurista, Yves Gandra Martins, já espancou. A Presidente foi eleita – e isto já está exaustivamente provado – com recursos, ilicitamente desviados do ‘’petrolão’’ e apenas isto constitui embasamento legal para se promover seu afastamento do cargo. Ou se faz isto, ou corremos o risco concreto de nos transformar numa Venezuela. Por isso: impeachment já.
Observações Históricas:
1-    Julio Cesar, mesmo advertido para não o fazer, compareceu ao Senado Romano, nos ‘’idos de março’’ e lá foi assassinado numa insurreição, comandada por Brutus, seu filho adotivo;
2-    João Goulart, mesmo advertido para não o fazer, compareceu, em 13 de março de 1964, ao ‘’Comício da Central’’. Foi o tiro de partida para o movimento militar, que eclodiria a 31 do mesmo mês.
3-    Lula, mesmo advertido para não o fazer, convoca o ‘’exercito do MST’’ para, no próximo dia 13, sair às ruas, em apoio ao governo Dilma.

Tolos, os que não aprendem as lições da Historia.


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