A crise Econômica e
seus Efeitos.
Fato bastante sintomático da insegurança econômica do País,
ocorreu, ontem, em meu escritório: fui procurado por empresário, proprietário
de mais de 20 estabelecimentos comerciais, do mesmo ramo, espalhados por
diversas Capitais do País, com faturamento anual da ordem de 100 milhões e
patrimônio pessoal da ordem de 40 milhões. Seu conglomerado empresarial, que
atua no atacado e no varejo, não possui passivo tributário e as dívidas
existentes – notadamente trabalhistas – são inexpressivas, diante do
faturamento. Pois esse empresário, com quase 50 anos de mercado, propõe-se a
vender seu conjunto de lojas. Por qual motivo, estaria ele interessado em
vender, no prazo o mais exíguo possível, negocio tão sólido? Indagado,
respondeu-me que, desde janeiro, vem observando lenta, mas progressiva retração
no faturamento e teme que, pela conjuntura econômica adversa, seu negocio, de
uma vida inteira, se inviabilize, a curto prazo.
Por outro lado, tenho, em minha relação de clientes, empresa,
que atua no segmento de prestação de serviços a Órgãos Públicos, que também
busca compradores, quer em razão dos constantes atrasos no pagamento dos
relevantes serviços prestados, na área de saúde, quer em razão de cortes nos
respectivos orçamentos, em que pese o aumento da demanda.
Estes pequenos exemplos demonstram que se instalou, no País,
forte cenário de instabilidade, decorrente da falta de confiança no Governo
Federal. Não é por outra razão que, segundo noticiário de hoje, 27, o índice de
desemprego chegou a seu maior nível – 6% - desde junho de 2013; a inflação,
consoantes dados oficiais que, já por serem oficiais são pouco confiáveis,
ultrapassou a 8% e o próprio Banco Central prevê uma redução do PIB, em 0.5%.
Só resta perguntar: reduzir para onde, se, hoje, é ele de 0%? A verdade – e
digo isso com confessada tristeza – é que a administração Dilma lançou o Brasil
em um buraco, que se aprofunda a cada dia. Para o advogado, o cliente que vende
ou transfere seu negócio, será um cliente a menos, restando, pois, concluir que
a crise econômica gera infindável efeito cascata, atingindo a todos que teimamos
em, cumprindo a maldição bíblica, ganhar o pão com o suor do próprio rosto.
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