Obrigação e não favor
Antes que o governo federal capitalize, para si, o repasse de
3,5 bi para execução de obras, necessárias a resolver o problema da água, em
nosso Estado, importante destacar que, ao promover o repasse, a União nenhum
favor estará fazendo. São Paulo contribui com cerca de 40% do PIB nacional.
Aqui está instalado o maior parque industrial do País. O Hospital das Clínicas
é o maior e mais avançado complexo da América Latina e para lá acorrem doentes
das diferentes Unidades da Federação, onde recebem tratamento gratuito,
ministrado por profissionais da mais alta qualificação técnica. Nossas
Universidades graduam estudantes de todos os rincões do Brasil e estima-se que,
pelo menos, 40% de médicos, formados em outros Estados, vêm fazer residência
nos hospitais paulistas. Nossa Capital abriga expressivo contingente de
nordestinos, que aqui vieram em busca de melhor condição de vida. É jargão
antigo que São Paulo é a locomotiva que conduz o Brasil. Por tudo isso,
constitui obrigação do Governo Federal repassar, a fundo perdido e sem maiores
exigências, a verba solicitada pelo Governador Alckmin. Estará, na verdade,
devolvendo a São Paulo, parte ínfima dos recursos que São Paulo transfere para
a União, recursos esses que serão reduzidos, pela queda da produção, se a crise
no abastecimento de água comprometer a indústria, o agro negócio e, via de
conseqüência, o comercio. São Paulo, como esculpido em sua bandeira, “não é conduzido, conduz”, por isso o PT
não tem vez por estas plagas.
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