De tocaia, 2015 nos aguarda
As expectativas econômicas para 2015 são desalentadoras. Reduziu-se,
pela terceira vez consecutiva, a projeção do PIB, agora estimado em 0,24% o
mais baixo da América Latina, incluindo-se a medieval Bolívia. Entramos naquela
quadra do ano que há natural retração nos negócios, à exceção do comércio, que
deposita suas esperanças nas festas natalinas. Os economistas de respeito
recomendam prudência com o 13º salário, já que em janeiro os impostos a pagar
chegam, inexoravelmente. A queda na venda de imóveis e de veículos vêm se
acentuando, progressivamente, colocando em risco o já reduzido número de
empregos formais. O mercado financeiro, desde a confirmação da reeleição da
Presidente, vive dias agitados, com a Bolsa operando em baixa, com destaque
para a crescente desvalorização das ações da Petrobrás. Qualquer pessoa, que
tenha o hábito de freqüentar supermercado, identifica uma alta de preços, em
média, em torno de 15%, o que demonstra a falácia dos índices inflacionários,
apontados pelo governo. E, para completar, o próprio Banco Central prevê
elevação da taxa de juros, em 2015. Como reflexo da desaceleração econômica,
aumentou a taxa de inadimplência e só meu escritório (que não é especializado
na área) recebeu cinco consultas sobre recuperação judicial de diferentes
segmentos, desde cadeia de lojas de material esportivo até construtora de médio
porte. Eu já tinha elaborado este texto, quando recebo a notícia, divulgada na
mídia de hoje, 04, que “o PT quer ter o
controle do Banco Central”.
O cenário político é absolutamente incerto. Como nos dita a experiência,
é muito fácil à Presidente reeleita constituir sólida base parlamentar: basta
farta distribuição de cargos e verbas. Se daí surgirá malversação do dinheiro
público, é de somenos importância e as conseqüências são nenhuma. No “mensalão”, Marcos Valério foi o “boi de piranha”, enquanto os chefes da
quadrilha, menos de um ano depois de decretada suas prisões já estão na rua. Do
assalto à Petrobrás, só se tem notícia da prisão do doleiro e a própria Presidente,
eleita com recursos desviados daquela Empresa, foi reeleita, utilizando-se
métodos ignominiosos, inaceitáveis em qualquer democracia, minimamente
civilizada, que nos olha, tapando o nariz e nos trata como País africano.
Eis o cenário para 2015. Como sobreviver? Responda ou será
devorado.
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