quarta-feira, 7 de março de 2018

As eleições indefinidas


No programa “Roda Viva” da última segunda-feira, o ex-Prefeito e hoje Ministro, Gilberto Kassab, deixou claro que, em coligação PSDB/PSD, o governador Geraldo Alckmin, será candidato à Presidência da República. Temos, assim, definido o quadro sucessório: à esquerda, Lula ou um “poste” indicado por ele, ao centro, Alckmin e, à direita, Jair Bolsonaro. É certo que, correndo pelo meio, há quase uma dezena de candidatos, muitos pleiteando a herança do Lula. Todavia, a meu juízo, ficarão pelo caminho, com inexpressiva votação que, somada, não chegará a 30% dos sufrágios. Assim, a decisão, em segundo turno, fica entre os nomes citados. Se Lula for o candidato, ganha, fácil, tanto de Alckmin, quanto de Bolsonaro. Talvez seja por isto que a mídia impressa venha, reiteradamente, “pressionando”, através de matérias, altamente tendenciosas, o Poder Judiciário, para que se decrete a prisão do dito cujo. Em fevereiro de 2016, estuprando texto expresso de nossa Constituição e mitigando o “princípio da presunção da inocência”, o falecido Ministro Teori Zavascki, conseguiu que o Supremo Tribunal Federal admitisse a prisão, já em segunda instância (Tribunais Regionais). Todavia, este tema voltará ao Supremo para apreciação e, ao que se aufere, haverá retorno à interpretação literal da norma constitucional que, em respeito àquele princípio, considera “coisa julgada” aquela contra a qual não cabe qualquer espécie de recurso. Em acontecendo tal mudança, Lula poderá recorrer, em liberdade, se  candidatar-se, vez que lei ordinária (lei da “ficha limpa) não pode se sobrepor à Carta Magna. Na hipótese de Lula não sair candidato, o segundo turno será travado entre Alckmin e Bolsonaro e aí fica incógnita com muitas variáveis. O PT e seus partidos satélites se disporiam a apoiar o atual Governador de São Paulo? Escapará ele, imune, das investigações de pagamentos de propina, em obras estaduais? Segundo pesquisas recentes, mais de 50% da população concorda com a assertiva de que “bandido bom é bandido morto”, repetida, à exaustão, por Bolsonaro. Apesar de 06 mandatos consecutivos de deputado federal, fora do Estado do Rio de Janeiro, tem ele pouco brilho.
Vê-se, pois, que o “fator Lula” será a bússola para as eleições presidenciais. É de se registrar como o Brasil não foi capaz de gerar líder, com capacidade para  atrair a população, em todos os diferentes segmentos sócio-econômicos.
“O que será que será?”

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