No programa “Roda Viva”
da última segunda-feira, o ex-Prefeito e hoje Ministro, Gilberto Kassab, deixou
claro que, em coligação PSDB/PSD, o governador Geraldo Alckmin, será candidato
à Presidência da República. Temos, assim, definido o quadro sucessório: à
esquerda, Lula ou um “poste” indicado
por ele, ao centro, Alckmin e, à direita, Jair Bolsonaro. É certo que, correndo
pelo meio, há quase uma dezena de candidatos, muitos pleiteando a herança do
Lula. Todavia, a meu juízo, ficarão pelo caminho, com inexpressiva votação que,
somada, não chegará a 30% dos sufrágios. Assim, a decisão, em segundo turno,
fica entre os nomes citados. Se Lula for o candidato, ganha, fácil, tanto de
Alckmin, quanto de Bolsonaro. Talvez seja por isto que a mídia impressa venha,
reiteradamente, “pressionando”,
através de matérias, altamente tendenciosas, o Poder Judiciário, para que se
decrete a prisão do dito cujo. Em fevereiro de 2016, estuprando texto expresso
de nossa Constituição e mitigando o “princípio
da presunção da inocência”, o falecido Ministro Teori Zavascki, conseguiu
que o Supremo Tribunal Federal admitisse a prisão, já em segunda instância
(Tribunais Regionais). Todavia, este tema voltará ao Supremo para apreciação e,
ao que se aufere, haverá retorno à interpretação literal da norma
constitucional que, em respeito àquele princípio, considera “coisa julgada” aquela contra a qual não
cabe qualquer espécie de recurso. Em acontecendo tal mudança, Lula poderá
recorrer, em liberdade, se candidatar-se,
vez que lei ordinária (lei da “ficha
limpa) não pode se sobrepor à Carta Magna. Na hipótese de Lula não sair
candidato, o segundo turno será travado entre Alckmin e Bolsonaro e aí fica
incógnita com muitas variáveis. O PT e seus partidos satélites se disporiam a
apoiar o atual Governador de São Paulo? Escapará ele, imune, das investigações
de pagamentos de propina, em obras estaduais? Segundo pesquisas recentes, mais
de 50% da população concorda com a assertiva de que “bandido bom é bandido morto”, repetida, à exaustão, por Bolsonaro.
Apesar de 06 mandatos consecutivos de deputado federal, fora do Estado do Rio
de Janeiro, tem ele pouco brilho.
Vê-se, pois, que o “fator
Lula” será a bússola para as eleições presidenciais. É de se registrar como
o Brasil não foi capaz de gerar líder, com capacidade para atrair a população, em todos os diferentes
segmentos sócio-econômicos.
“O que será que será?”
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