quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Entre o joio e o trigo

Podemos afirmar que já estamos em março, porque em janeiro o país está em recesso e fevereiro tem carnaval, que ninguém é de ferro. Assim, podemos dizer que as eleições presidenciais estão logo ali e, afora os intrusos de sempre, que entram na dança, apenas para fazerem coreografia, 03 candidatos emergem, disputando a vaga de presidente da república: de um lado, Lula, ou o “poste” que ele indicar, de outro lado, Jair Bolsonaro e, no meio, o sempre Geraldo Alkmin, que não consegue ultrapassar os limites do Estado de São Paulo. O país  “rachou”, desde que o “petrolão” desvendou o astronômico escândalo de corrupção, montado pelo PT para se perpetuar no poder e não há indícios que essa rachadura se recomponha, o que nos permite concluir que o embate ficará entre o lulopetismo e Bolsonaro. Desprezo o anacrômico debate geográfico, esquerda/direita, primeiro, porque o mundo já o extirpou, segundo, porque o que precisamos, no momento, é promover reformas estruturais que propiciem o desenvolvimento econômico, sem o qual,  falar em “políticas públicas” é mera demagogia eleitoreira. Lula e seu grupo já nos são velhos conhecidos e seu interesse se resume em projeto pessoal de poder. O Brasil caminha para trás, porque é exportador de matéria prima e “nossa” indústria, de “nossa” não tem nada. Pequeno e único exemplo: a Petrobrás, sem condições de refinar o petróleo bruto, exporta-o, importando seus derivados refinados, daí a gasolina batendo 05 reais o litro, uma das mais caras do mundo. O governo FHC privatizou setores estratégicos e o governo atual os aliena para fazer caixa. É mais ou menos, como vender um rim ou um pulmão, para comprar comida. A grande mídia, controlada pelas multinacionais e pelas instituições financeiras, umbilicalmente ligada ao tucanato, tem procurado demonizar Bolsonaro, como se se pudesse desprezar um deputado, em seu sétimo mandato. Afinal, ele quer o que a maioria dos brasileiros queremos: um país com segurança, que não compactue com a marginalidade; um país, com distribuição de renda mais justa; um país, onde o combate à corrupção não seja um fim em si mesmo, mas decorra de seguros mecanismos de controle. É claro que se pode criticar Bolsonaro por seus excessos verborrágicos, todavia, parece óbvio serem eles estratégia de marketing para se estar na mídia, o que é válido, quando não se dispõe de verbas, desviadas do erário público, caso do petismo, ou liberadas pelos grandes conglomerados, que dominam nossa economia, caso dos tucanos.
Porque és morno, eu te vomitarei de minha boca”, registra o livro do apocalipse.
Nas próximas eleições, teremos que escolher um lado, e apenas um, seja o velho conhecido da malversação do dinheiro público, do  “toma lá, dá cá”, seja o lado novo, onde possamos, pelo menos, colocar nossas esperanças de um Brasil, onde haja “ordem e progresso”.

Por isso, apesar de algumas restrições, vou de Bolsonaro.

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