Você já parou para pensar o que pode estar por trás da não nomeação
de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho? É por demais ingênuo
imaginar que seja simples reclamação trabalhista, na qual figura ela como
reclamada. Não o é, primeiro, porque não há previsão legal, neste sentido.
Dizer que ser réu, neste tipo de processo, torna alguém ímprobo, é atribuir tal
adjetivo pejorativo a, pelo menos, 70% dos empresários brasileiros, vítima de
uma justiça caolha que, se fosse extinta, em muito ajudaria a implementar o
desenvolvimento econômico do País. A justiça do trabalho transformou-se em sinecura,
onde juízes, de diminuto saber jurídico, dão as mãos a advogados inescrupulosos
que “armam” situações fictícias, para
tomar “algum” do empregador. Lá, a
Constituição não se aplica, o Código de Processo Civil não se aplica, porque só
vale a lei do Juiz, que reina, no mais arcaico absolutismo monárquico. Os
civilistas torcem-lhe o nariz. Os constitucionalistas consideram-na ramo
espúrio do Direito. Então, com todo esse desprestígio, como pode uma mísera
reclamação trabalhista influir na nomeação de Ministro de Estado? A verdade é
que “o buraco é mais embaixo”.
Cristiane Brasil é filha de Roberto Jefferson, um dos mais destemidos
deputados, que já passaram pela Câmara Federal. Integrou, até o último momento,
a “tropa de choque”, que se
posicionou a favor do ex-presidente Collor, quando os ratos começavam a
debandada, insuflados pela canalha do lulopetismo. Naquele momento, ser “cara pintada” era politicamente correto,
mas Roberto Jefferson optou pela coragem e competência. Mais tarde, colocando
em risco sua própria segurança e interesses pessoais, denunciou o esquema do “mensalão”, que seria o embrião da “lava-jato”. Não foi “delator”, na medida que nenhum “prêmio” recebeu em troca. Ao contrário,
amargou cerca de 18 meses de prisão, inculpando apenas a si mesmo. E aí retorno
ao ponto inicial: a velha e carcomida esquerda, que, ainda comanda a mídia,
principalmente a televisiva, para, através da filha, Cristiane, atingir o pai e
o Poder Judiciário, acovardado, submisso a essa mesma mídia, utilizou o
ridículo pretexto da reclamação trabalhista, para obstar a posse da quase
Ministra. Todo este canhestro episódio, no entanto, trouxe consequência
positiva: demonstrou a quase inutilidade do Ministério do Trabalho, que pode
ser dirigido por qualquer um e, até mesmo, ficar sem comando, porque as relações
capital/trabalho continuarão a serem regidas pelas leis do mercado.
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