segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A vingança dos covardes

 Você já parou para pensar o que pode estar por trás da não nomeação de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho? É por demais ingênuo imaginar que seja simples reclamação trabalhista, na qual figura ela como reclamada. Não o é, primeiro, porque não há previsão legal, neste sentido. Dizer que ser réu, neste tipo de processo, torna alguém ímprobo, é atribuir tal adjetivo pejorativo a, pelo menos, 70% dos empresários brasileiros, vítima de uma justiça caolha que, se fosse extinta, em muito ajudaria a implementar o desenvolvimento econômico do País. A justiça do trabalho transformou-se em sinecura, onde juízes, de diminuto saber jurídico, dão as mãos a advogados inescrupulosos que “armam” situações fictícias, para tomar “algum” do empregador. Lá, a Constituição não se aplica, o Código de Processo Civil não se aplica, porque só vale a lei do Juiz, que reina, no mais arcaico absolutismo monárquico. Os civilistas torcem-lhe o nariz. Os constitucionalistas consideram-na ramo espúrio do Direito. Então, com todo esse desprestígio, como pode uma mísera reclamação trabalhista influir na nomeação de Ministro de Estado? A verdade é que “o buraco é mais embaixo”. Cristiane Brasil é filha de Roberto Jefferson, um dos mais destemidos deputados, que já passaram pela Câmara Federal. Integrou, até o último momento, a “tropa de choque”, que se posicionou a favor do ex-presidente Collor, quando os ratos começavam a debandada, insuflados pela canalha do lulopetismo. Naquele momento, ser “cara pintada” era politicamente correto, mas Roberto Jefferson optou pela coragem e competência. Mais tarde, colocando em risco sua própria segurança e interesses pessoais, denunciou o esquema do “mensalão”, que seria o embrião da “lava-jato”. Não foi “delator”, na medida que nenhum “prêmio” recebeu em troca. Ao contrário, amargou cerca de 18 meses de prisão, inculpando apenas a si mesmo. E aí retorno ao ponto inicial: a velha e carcomida esquerda, que, ainda comanda a mídia, principalmente a televisiva, para, através da filha, Cristiane, atingir o pai e o Poder Judiciário, acovardado, submisso a essa mesma mídia, utilizou o ridículo pretexto da reclamação trabalhista, para obstar a posse da quase Ministra. Todo este canhestro episódio, no entanto, trouxe consequência positiva: demonstrou a quase inutilidade do Ministério do Trabalho, que pode ser dirigido por qualquer um e, até mesmo, ficar sem comando, porque as relações capital/trabalho continuarão a serem regidas pelas leis do mercado.

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