A mídia – com exceção à “Carta
Capital” – vem dando como definitiva a saída de Temer da Presidência da
República, com eleição indireta de novo mandatário pelo Congresso Nacional,
entre qualquer brasileiro, filiado a partido político. A esquerda,
representada, predominantemente, pelas organizações sindicais de trabalhadores
e assemelhadas, como o MST, protestam por eleições diretas já, ante a
possibilidade real de Lula ser eleito. Revista, deste último fim-de-semana,
chegou a relacionar os presidenciáveis, na hipótese de eleição indireta,
incluindo o Ministro Meirelles nesta relação, o que é equívoco, já que ele,
como Ministro do atual governo, não teria prazo hábil para se
desincompatibilizar, adquirindo, assim, condições legais para ser candidato.
Ouvi sociólogos, analistas políticos e juristas, debatendo a saída para a crise
política, que se instalou desde a delação premiada, homologada, de modo
imperfeito, pelo Ministro Edson Fachin. Tal delação, com certeza, será
submetida ao plenário do Supremo e, tenho para mim, corre o risco de ser
anulada. Quanto à cassação da chapa, “Dilma-Temer”,
pelo TST, parece improvável que se resolva a curto prazo,
seja por possível pedido de vista, seja
porque, contra qualquer decisão, cabe recurso ao Supremo. Quanto aos pedidos de
impeachment do Temer, é lícito concluir que o Presidente da Câmara, Rodrigo
Maia não os colocará em pauta, enquanto as questões, aqui citadas, não
estiverem definitivamente resolvidas. Aliás, o pai de Rodrigo, Cesar Maia, em
entrevista concedida ao jornal “O Globo”,
edição de ontem, domingo, desenvolveu a mesma linha de raciocínio. De se
concluir, pois, que impasse não tem data para encerrar, admitindo-se que
perdure, até as eleições do próximo ano. E o Brasil, como fica? Se as reformas
são fundamentais para o equilíbrio econômico das contas públicas, como fica a
aprovação de tais reformas, com a base aliada “rachada”? Terá a equipe econômica um “plano b”, caso as reformas
não sejam aprovadas? O Brasil não pode se vítima de interesses subalternos.
Leio, com espanto – e a capacidade de me indignar, já a perdi – que Lula e
Sarney foram chamados para ajudarem a solucionar a crise. Dá pra acreditar?
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