segunda-feira, 29 de maio de 2017

Vamos sair da crise?



A mídia – com exceção à “Carta Capital” – vem dando como definitiva a saída de Temer da Presidência da República, com eleição indireta de novo mandatário pelo Congresso Nacional, entre qualquer brasileiro, filiado a partido político. A esquerda, representada, predominantemente, pelas organizações sindicais de trabalhadores e assemelhadas, como o MST, protestam por eleições diretas já, ante a possibilidade real de Lula ser eleito. Revista, deste último fim-de-semana, chegou a relacionar os presidenciáveis, na hipótese de eleição indireta, incluindo o Ministro Meirelles nesta relação, o que é equívoco, já que ele, como Ministro do atual governo, não teria prazo hábil para se desincompatibilizar, adquirindo, assim, condições legais para ser candidato. Ouvi sociólogos, analistas políticos e juristas, debatendo a saída para a crise política, que se instalou desde a delação premiada, homologada, de modo imperfeito, pelo Ministro Edson Fachin. Tal delação, com certeza, será submetida ao plenário do Supremo e, tenho para mim, corre o risco de ser anulada. Quanto à cassação da chapa, “Dilma-Temer”, pelo TST, parece improvável que se resolva a  curto  prazo, seja por  possível pedido de vista, seja porque, contra qualquer decisão, cabe recurso ao Supremo. Quanto aos pedidos de impeachment do Temer, é lícito concluir que o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia não os colocará em pauta, enquanto as questões, aqui citadas, não estiverem definitivamente resolvidas. Aliás, o pai de Rodrigo, Cesar Maia, em entrevista concedida ao jornal “O Globo”, edição de ontem, domingo, desenvolveu a mesma linha de raciocínio. De se concluir, pois, que impasse não tem data para encerrar, admitindo-se que perdure, até as eleições do próximo ano. E o Brasil, como fica? Se as reformas são fundamentais para o equilíbrio econômico das contas públicas, como fica a aprovação de tais reformas, com a base aliada “rachada”? Terá a equipe econômica um “plano b”, caso as reformas não sejam aprovadas? O Brasil não pode se vítima de interesses subalternos. Leio, com espanto – e a capacidade de me indignar, já a perdi – que Lula e Sarney foram chamados para ajudarem a solucionar a crise. Dá pra acreditar?

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