terça-feira, 1 de julho de 2014

O espúrio jogo das eleições

Completa-se o ciclo das escolhas dos candidatos a Governador do Estado. Armado o tabuleiro dos interesses políticos – os legítimos e, principalmente, os espúrios – o candidato do PT foi abandonado a sua própria sorte. A polarização ficará entre o Governador Alckmin, de um lado e Paulo Skaf, de outro. O ex Presidente Lula, no último fim de semana deu uma declaração mais ou menos assim: “não importa quem se eleja governador de São Paulo, o importante é apear o PSDB do governo”. Interpretação óbvia: ferre-se o Padilha, desde que Alckmin não se reeleja. Qual o liame ideológico entre o PT e Paulo Skaf, este, Presidente da FIESP, que reúne a fina flor do empresariado paulista e que, além disso, carrega consigo o apoio de Paulo Maluf e do ex Prefeito, Gilberto Kassab, aquele que não é de esquerda, nem de direita, nem de centro? Sem dúvida, é esta falta de identidade entre os candidatos que faz com que os eleitores, ao ouvirem falar de política, tapem o nariz, afastando o mau cheiro que exala do jogo político. Qualquer pesquisa – e estamos a 03 meses das eleições – indica que o número de indecisos é suficiente para decidir a eleição. Indecisos, não porque estão a analisar os projetos dos candidatos, mas indecisos, porque sabem que, qualquer que seja o eleito, os velhos problemas – a insegurança pública, a saúde desassistida, o ensino sucateado – permanecerão intocáveis. E os interesses do povo? Ora, o povo é apenas um detalhe, como dizia um personagem do eterno Chico Anísio.

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