Agora... às eleições
Encerrada a copa do mundo, está aberta a temporada eleitoral.
E o começo indica que as agressões pessoais, mais uma vez, prevalecerão sobre o
confronto de idéias. Dilma nada tem a ver com os mensaleiros presos na Papuda,
da mesma maneira que Aécio está distante das confusões do Metrô paulista. O
Brasil vive difícil momento econômico, com a indústria demitindo, o PIB se
aproximando de 0, a inflação recrudescendo. O que a população espera dos
candidatos é que tragam soluções viáveis para que o País encontre o caminho do
desenvolvimento e saia da incômoda posição de ser um dos últimos colocados em
saúde e educação públicas. Outro aspecto importante, a ser debatido, é o
caminho a ser trilhado pela nossa política externa. A reunião do BRIC parece
que nos deixou em segundo plano e o MERCOSUL, com a Argentina às vésperas de
uma moratória, mergulha numa “UTI”. O
aumento da criminalidade está a exigir urgentes modificações na legislação
penal. Apenas um pálido exemplo: a maioridade penal foi fixada pelo Código de
1940, quando o rádio ainda era o único veículo de comunicação e os garotos de
16 anos empinavam pipa ou jogavam futebol. Hoje, em tempos cibernéticos,
segundo dados dos Órgãos de segurança pública, 60% dos crimes de roubo e
latrocínio são praticados por maiores de 18 anos. Não seria ocasião de, pelo
menos, discutir-se a redução da maioridade penal? O déficit habitacional urbano
tem provocado seguidas incursões de movimentos populares. Como equacionar tão
grave problema? Assim, tantos são os problemas a serem debatidos que se espera
que os candidatos à Presidência e a Governador não gastem o tempo (deles e
nosso) em questões pessoais, de relevância nenhuma. O grande número de
indecisos é que vai decidir a eleição de outubro e esperam exatamente o embate
sobre temas importantes para passarem à condição de “decididos”.
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