quarta-feira, 23 de julho de 2014

Agora... às eleições

Encerrada a copa do mundo, está aberta a temporada eleitoral. E o começo indica que as agressões pessoais, mais uma vez, prevalecerão sobre o confronto de idéias. Dilma nada tem a ver com os mensaleiros presos na Papuda, da mesma maneira que Aécio está distante das confusões do Metrô paulista. O Brasil vive difícil momento econômico, com a indústria demitindo, o PIB se aproximando de 0, a inflação recrudescendo. O que a população espera dos candidatos é que tragam soluções viáveis para que o País encontre o caminho do desenvolvimento e saia da incômoda posição de ser um dos últimos colocados em saúde e educação públicas. Outro aspecto importante, a ser debatido, é o caminho a ser trilhado pela nossa política externa. A reunião do BRIC parece que nos deixou em segundo plano e o MERCOSUL, com a Argentina às vésperas de uma moratória, mergulha numa “UTI”. O aumento da criminalidade está a exigir urgentes modificações na legislação penal. Apenas um pálido exemplo: a maioridade penal foi fixada pelo Código de 1940, quando o rádio ainda era o único veículo de comunicação e os garotos de 16 anos empinavam pipa ou jogavam futebol. Hoje, em tempos cibernéticos, segundo dados dos Órgãos de segurança pública, 60% dos crimes de roubo e latrocínio são praticados por maiores de 18 anos. Não seria ocasião de, pelo menos, discutir-se a redução da maioridade penal? O déficit habitacional urbano tem provocado seguidas incursões de movimentos populares. Como equacionar tão grave problema? Assim, tantos são os problemas a serem debatidos que se espera que os candidatos à Presidência e a Governador não gastem o tempo (deles e nosso) em questões pessoais, de relevância nenhuma. O grande número de indecisos é que vai decidir a eleição de outubro e esperam exatamente o embate sobre temas importantes para passarem à condição de “decididos”.

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