segunda-feira, 28 de julho de 2014

Sempre o Oriente Médio
O massacre da população civil de Gaza, incluindo ataques a hospitais e escolas, deixa estupefato o mundo civilizado, principalmente porque tais desmesuradas agressões partem de Israel, cujo povo foi a principal vitima da ferocidade nazista. Para quem tem um mínimo de conhecimento da história, torna-se obvio que uma paz razoável no oriente médio só será possível quando Israel reconhecer o Estado Palestino, devolvendo as áreas ocupadas, em razão de uma política expansionista, semelhante à utilizada por Hitler. Pueril imaginar que tal reconhecimento surgirá pela livre e espontânea vontade das partes litigantes. A ONU não passa de mera ficção, a menos que os Estados Unidos interviessem de fato, o que é difícil se concretizar, pelos indissolúveis interesses econômicos que unem aquele País a Israel. E qual seria, então, o caminho para alcançar tão difícil objetivo, principalmente se considerarmos a abismal diferença entre o poderio bélico de Israel e o raquítico armamento palestino? Busquemos a lição da história. Os romanos ensinavam lição básica de sobrevivência: “se queres a paz, prepara a guerra” (si vis pacem, para bellum). A Europa esqueceu essa lição e, enquanto Chamberlain negociava uma paz impossível – como a ONU, agora o faz – “Hitler” preparava a guerra. Se a Europa tivesse feito o mesmo, talvez o exército alemão não tivesse passado da Áustria e milhões de vidas, (inclusive judias) e bilhões de dólares tivessem sido poupados. Os Estados Unidos e a União Soviética absorveram, por inteiro, a lição romana: passaram quase 50 anos “rosnando”, um para o outro. E, porque se respeitavam, belicamente, jamais partiram para o conflito. Como “tinham preparado a guerra”, puderam manter a paz. Os países árabes, isoladamente, são presas fáceis para Israel, que já os derrotou no Egito, na Síria, no Líbano, na Jordânia.
A criação de uma “força de guerra”, formada por uma nova “liga árabe”, com a participação do Irã, Iraque, Kuwait, enfim, de todos os países, que se opõem a Israel, seria a única forma de “preparar a guerra”, o que, com certeza, faria com que Israel sentasse, sem prepotência, à mesa de negociação para “querer a paz”.


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