Sempre o Oriente Médio
O massacre da população civil de Gaza, incluindo ataques a
hospitais e escolas, deixa estupefato o mundo civilizado, principalmente porque
tais desmesuradas agressões partem de Israel, cujo povo foi a principal vitima
da ferocidade nazista. Para quem tem um mínimo de conhecimento da história,
torna-se obvio que uma paz razoável no oriente médio só será possível quando
Israel reconhecer o Estado Palestino, devolvendo as áreas ocupadas, em razão de
uma política expansionista, semelhante à utilizada por Hitler. Pueril imaginar
que tal reconhecimento surgirá pela livre e espontânea vontade das partes
litigantes. A ONU não passa de mera ficção, a menos que os Estados Unidos
interviessem de fato, o que é difícil se concretizar, pelos indissolúveis
interesses econômicos que unem aquele País a Israel. E qual seria, então, o
caminho para alcançar tão difícil objetivo, principalmente se considerarmos a
abismal diferença entre o poderio bélico de Israel e o raquítico armamento
palestino? Busquemos a lição da história. Os romanos ensinavam lição básica de
sobrevivência: “se queres a paz, prepara
a guerra” (si vis pacem, para bellum). A Europa esqueceu essa lição e,
enquanto Chamberlain negociava uma paz impossível – como a ONU, agora o faz – “Hitler” preparava a guerra. Se a Europa
tivesse feito o mesmo, talvez o exército alemão não tivesse passado da Áustria
e milhões de vidas, (inclusive judias) e bilhões de dólares tivessem sido
poupados. Os Estados Unidos e a União Soviética absorveram, por inteiro, a
lição romana: passaram quase 50 anos “rosnando”,
um para o outro. E, porque se respeitavam, belicamente, jamais partiram para o
conflito. Como “tinham preparado a guerra”,
puderam manter a paz. Os países árabes, isoladamente, são presas fáceis para
Israel, que já os derrotou no Egito, na Síria, no Líbano, na Jordânia.
A criação de uma “força
de guerra”, formada por uma nova “liga
árabe”, com a participação do Irã, Iraque, Kuwait, enfim, de todos os
países, que se opõem a Israel, seria a única forma de “preparar a guerra”, o que, com certeza, faria com que Israel
sentasse, sem prepotência, à mesa de negociação para “querer a paz”.
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