O Brasil no Ranking do Ensino
Com o peito estufado de orgulho, recebo a noticia que “o Brasil subiu de penúltimo para
antepenúltimo lugar na lista dos 40 piores países, em matemática, ciência e
leitura, e também em índices de alfabetização e aprovação escolar” (“UOL noticias – 08.5). Palmas para nós,
que passamos o México para trás. Provavelmente, já em 2050, graças ao denodado
esforço de nossos competentes governantes, talvez subamos mais uma posição.
A verdade é que a educação, no Brasil, jamais foi considerada
prioridade. A escola pública, de larga data, não ensina, nem educa e, com as
exceções a confirmarem a regra, permite que o aluno complete o ensino médio sem
saber escrever. Quanto às escolas particulares, tiveram que reduzir o nível de
exigências, para evitarem a “fuga de
clientes”. A famigerada “política de
quotas” desmereceu a meritocracia, abrindo as portas das Universidades a
alunos desqualificados que, se conseguirem concluir seus cursos, derraparão no
mercado de trabalho. Afirmar, como o fez certa educadora, que “nós não temos (bons) professores, porque a
carreira não é atraente”, é enorme balela. Na verdade, a carreira nunca foi
atraente e, apesar disto, já tivemos ensino de alto padrão. Hoje, ele está na
rabeira da conjuntura mundial, porque a educação se politizou, na pior acepção
do termo e até os livros escolares – alguns com erros crassos -, seguindo o
modelo oficial, estão mais preocupados em doutrinar os estudantes. Outro dia,
li que uma escola de segundo grau, que se chamava “Presidente Médici”, passou a se chamar “Carlos Marighela”, sendo que nenhum dos dois diz coisa alguma a um
jovem de seus 12 anos. Por que o sectarismo? Em nome da democracia no ensino,
multiplicam-se as Universidades, despidas de estrutura para o aprendizado. O resultado
é o altíssimo índice de reprovação nos exames para ingresso no exercício
profissional. Temos maior numero de Universidades do que os Estados Unidos. E
daí, qual o resultado prático disso? Qual o maior centro de pesquisa do mundo?
Quantos prêmios “Nobel” o Brasil
ganhou? Para onde vão nossos estudantes, em busca de cursos de especialização?
Termino, dizendo o óbvio: enquanto mantivermos um ensino
subdesenvolvido, seremos um país subdesenvolvido que não é capaz nem mesmo de
formar uma seleção de futebol com jogadores que atuem no Brasil.
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