quarta-feira, 22 de agosto de 2012


RECADO AO FUTURO PREFEITO DE SÃO PAULO: PEQUENAS SOLUÇÕES PARA GRANDES PROBLEMAS

Audiência marcada para as 14 horas, saio, mineiramente, às 13 horas de meu escritório, na Aclimação para a Praça João Mendes. Fosse eu duas décadas mais novo, faria o percurso à pé, em, no máximo, 30 minutos. Entro no carro e, poucos metros adiante, a Bueno de Andrade está absolutamente congestionada: carros estacionados em ambos os lados, inclusive debaixo de placas de “proibido estacionar”, um caminhão de entrega de refrigerantes, literalmente no meio da rua e três ônibus elétricos, em fila indiana, somados, não levando mais do que dez passageiros. Quinze minutos depois, alcanço a Conselheiro Furtado: a rede elétrica dos ônibus elétricos caiu e cerca de uma dezena deles, parados, impedem o fluxo de veículos. Já estressado, entro à esquerda, alcanço a Avenida Liberdade que, meia hora depois, me deixará a cem metros do Fórum João Mendes. Chego suado, cansado e mais estressado ainda à sala de audiência. Felizmente, para mim e para meu cliente, o Juiz também se atrasara, talvez pelos mesmos motivos. Esta é a rotina da falta de organização do trânsito na Cidade de São Paulo: ônibus elétricos, velhos, sucateados, sem nenhuma relevância para o transporte urbano, coleta de lixo feita durante o expediente, idem a carga e descarga de caminhões de entrega e carros impunemente estacionados em locais proibidos. É claro que o trânsito em nossa Cidade é caótico, afinal, circulam por ela cerca de seis milhões de veículos. Todavia, se houvesse um mínimo de administração pública, algumas ações concretas poderiam ser realizadas para minimizar as adversidades de nosso cotidiano. Espero que o próximo Prefeito, de preferência jovem, seja capaz de implementar medidas simples, mas que podem trazer importantes resultados.

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