RECADO AO FUTURO PREFEITO DE SÃO
PAULO: PEQUENAS SOLUÇÕES PARA GRANDES PROBLEMAS
Audiência
marcada para as 14 horas, saio, mineiramente, às 13 horas de meu escritório, na
Aclimação para a Praça João Mendes. Fosse eu duas décadas mais novo, faria o
percurso à pé, em, no máximo, 30 minutos. Entro no carro e, poucos metros
adiante, a Bueno de Andrade está absolutamente congestionada: carros
estacionados em ambos os lados, inclusive debaixo de placas de “proibido
estacionar”, um caminhão de entrega de refrigerantes, literalmente no meio da
rua e três ônibus elétricos, em fila indiana, somados, não levando mais do que
dez passageiros. Quinze minutos depois, alcanço a Conselheiro Furtado: a rede
elétrica dos ônibus elétricos caiu e cerca de uma dezena deles, parados,
impedem o fluxo de veículos. Já estressado, entro à esquerda, alcanço a Avenida
Liberdade que, meia hora depois, me deixará a cem metros do Fórum João Mendes.
Chego suado, cansado e mais estressado ainda à sala de audiência. Felizmente,
para mim e para meu cliente, o Juiz também se atrasara, talvez pelos mesmos
motivos. Esta é a rotina da falta de organização do trânsito na Cidade de São
Paulo: ônibus elétricos, velhos, sucateados, sem nenhuma relevância para o
transporte urbano, coleta de lixo feita durante o expediente, idem a carga e
descarga de caminhões de entrega e carros impunemente estacionados em locais proibidos.
É claro que o trânsito em nossa Cidade é caótico, afinal, circulam por ela
cerca de seis milhões de veículos. Todavia, se houvesse um mínimo de
administração pública, algumas ações concretas poderiam ser realizadas para
minimizar as adversidades de nosso cotidiano. Espero que o próximo Prefeito, de
preferência jovem, seja capaz de implementar medidas simples, mas que podem
trazer importantes resultados.
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