PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE OLIMPÍADAS
Então
a pobre moça saiu de “Afogados da Ingazeira” (e imagino a quantas secas e
enchentes não sobreviveu ela), lá no interior de Pernambuco e foi a Londres
buscar uma medalha. Honra e glória lhe sejam prestadas. Enquanto isso, as
cabeças coroadas, bolsos derramando dólares, foram humilhados, o vôlei masculino,
pela Rússia e o futebol masculino (ah, o melancólico e mignon futebol), pelo México,
depois de ultrapassar equipes, que, aqui, não teriam chance nem mesmo na várzea.
Sugestão para a nova palestra do Bernardinho: “Como perder, por falta de garra,
um jogo ganho, em meia lição... sem técnico”. Quanto ao nosso liliputiano
futebol, apenas uma observação: os nossos jogadores, agora, tem assessoria de
imprensa. Para quer serve um assessor de imprensa? Óbvio, para divulgar,
melhor, “vender” o produto que assessora. Daí o reino da mediocridade,
transformado em
super craques. Como o Neymar, por exemplo, que só aparece em jogos fáceis. E
olha que o México é um mendigo, em termos de futebol. A desculpa – sempre a
mesma – é que o Neymar foi muito marcado. Ora, desmarcado, até eu, com meus cem
quilos e tantas décadas acumuladas. Apenas uma pergunta: será que não rola um “jabaculê”,
para que a mediocridade reinante seja exaltada como se gloriosos fossem?
Fica
o consolo da sobrevivente de Afogados, essa sim, a heroína de tantos
brasileiros que, como ela, lutam para sobreviverem.
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