segunda-feira, 13 de agosto de 2012


PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE OLIMPÍADAS


Então a pobre moça saiu de “Afogados da Ingazeira” (e imagino a quantas secas e enchentes não sobreviveu ela), lá no interior de Pernambuco e foi a Londres buscar uma medalha. Honra e glória lhe sejam prestadas. Enquanto isso, as cabeças coroadas, bolsos derramando dólares, foram humilhados, o vôlei masculino, pela Rússia e o futebol masculino (ah, o melancólico e mignon futebol), pelo México, depois de ultrapassar equipes, que, aqui, não teriam chance nem mesmo na várzea. Sugestão para a nova palestra do Bernardinho: “Como perder, por falta de garra, um jogo ganho, em meia lição... sem técnico”. Quanto ao nosso liliputiano futebol, apenas uma observação: os nossos jogadores, agora, tem assessoria de imprensa. Para quer serve um assessor de imprensa? Óbvio, para divulgar, melhor, “vender” o produto que assessora. Daí o reino da mediocridade, transformado em super craques. Como o Neymar, por exemplo, que só aparece em jogos fáceis. E olha que o México é um mendigo, em termos de futebol. A desculpa – sempre a mesma – é que o Neymar foi muito marcado. Ora, desmarcado, até eu, com meus cem quilos e tantas décadas acumuladas. Apenas uma pergunta: será que não rola um “jabaculê”, para que a mediocridade reinante seja exaltada como se gloriosos fossem?

Fica o consolo da sobrevivente de Afogados, essa sim, a heroína de tantos brasileiros que, como ela, lutam para sobreviverem.

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