Outro dia, li crônica, acho que do Cacá Diegues, onde ele
afirma ser contraditório um país, com tantos problemas – econômicos, morais e
de segurança – parar 04 dias, para o povo se esparramar no carnaval. Não concordo
com o ilustre cineasta. O carnaval é,
exatamente, a forma encontrada para que a “panela
de pressão”, contendo aquelas adversidades, não exploda. É uma fuga
transitória para o nirvana, que faz bem ao corpo e ao espírito.
Sempre gostei de carnaval. Garoto, frequentava os bailes
infantis, promovidos pelo clube de minha cidade. Jovem, passava-o no Rio. O
primeiro baile acontecia no sábado, anterior ao início do carnaval. Era “o baile do Havaí”, ao pé do “pão de açúcar” e à beira da Baía de
Guanabara. No sábado posterior, quando, oficialmente começava a festança,
frequentar o “Bola Preta” era ritual,
que durou até eu me casar. Domingo, era dia do “canecão” e a chamada “terça-feira
gorda”, acontecia a fantástica noite do “Monte Líbano”. Segunda-feira era dedicado aos desfiles das “escolas de samba”. Fui apenas uma vez e
saí pela metade: é bonito, mas tudo mais ou menos igual. Depois de casado,
filhos pequenos, eu e minha esposa éramos assíduos na ”Banda do Leme”, que percorria o bairro do mesmo nome. Depois, que
viemos morar em São Paulo, corríamos do carnaval, em direção às praias do
Guarujá ou litoral norte. Atualmente, fico por aqui mesmo, lendo, tomando sol
no quintal, passeando com os cachorros e muita cerveja, que ninguém é de ferro.
Para este ano, separei dois filmes, “Dunkirk”
e “Post”, vamos ver em que vai dar.
Quanto aos livros, estou apostando em 03: “O
maravilhoso Bistrô Francês” (Nina George) "Sonata de Auschwitz” (Luize Valente) e “Enclausurado” (Jan Mc Evan). Depois eu conto.
Aos que vão se integrar aos “folguedos de momo” (como se dizia, antigamente), desejo paz e
energia... e aproveitem, porque “a vida
dura só um dia, Luzia, e não se leva nada deste mundo”.
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