Quando Hitler ascendeu ao poder, instalando sangrenta
ditadura, pelo menos a Europa já tinha conhecimento de suas intenções. É certo que ele recuperou a economia alemã,
combalida com a perda da primeira grande guerra, mas as perseguições aos
judeus, aos deficientes físicos, aos homossexuais, a ampla e total censura à
imprensa, tudo isto não deixava dúvidas que tenebrosos dias se aproximavam.
Finalmente, quando, em 1936, ele ocupou e reintegrou a Alsacia Lorena ao
território alemão, descumprindo todo o Tratado de Versailles, a Europa,
especialmente França e Inglaterra não podiam ter dúvidas de que Hitler
iniciava, pela força, expansão territorial de imprevisível fim. Apesar de sua
recuperação econômica, em 1936 a Alemanha não dispunha – ainda – de recursos
bélicos para enfrentar os vencedores da primeira guerra, signatários do Tratado
de Versailles. Aquele era o momento de Hitler ser contido, extinguindo-se as
forças paralelas e restaurando-se a democracia, na Alemanha. Todavia, muitos
discursos foram feitos na “Câmara dos Comuns” e no “Parlamento Francês”, sem nenhuma ação
concreta que contivesse o avanço alemão. E o resultado – todos sabemos – foi um
conflito que durou 06 anos, destruiu, física e economicamente a Europa,
ceifando a vida de cerca de 80 milhões de pessoas, a maioria jovens, entre 18 e
30 anos.
Faço tais reminiscências históricas, quando observo a
inércia, principalmente das Américas, diante dos descalabros cometidos por Nicolas
Maduro, na Venezuela. Os números são alarmantes: em 2017, a inflação chegou a
2.000%, há escassez de gêneros alimentícios, o mesmo acontecendo com
medicamentos essenciais, a moeda nacional – o Bolívar – teve desvalorização de
quase 100%, em relação ao dólar e o índice de desemprego é da ordem de 70%,
provocando a fuga de mão-de-obra, qualificada e não qualificada para os países
vizinhos. Como amplamente divulgado, só em Boavista, Roraima, há cerca de 50
mil refugiados venezuelanos, vivendo em condições as mais precárias possíveis e
trazendo graves consequências para aquele Estado, merecendo observar que há
cerca de 100.000 pedidos venezuelanos de visto, para ingressar no Brasil.
Apesar desta estupenda crise, Maduro antecipou a eleição para abril próximo
e com a oposição impedida de participar
do pleito, sua vitória está assegurada. Os embargos econômicos, além de
infrutíferos, acabam penalizando a já asfixiada população, daí porque, como
única solução, surge a imperiosa e urgente necessidade de intervenção militar, pelas forças armadas dos
países, integrantes da “OEA – Organização
dos Estados Americanos”, sob a liderança dos Estados Unidos, para expulsar
Maduro e seus asseclas do Poder, recompor a economia e a unidade nacional e,
depois, restaurar a democracia, convocando eleições livres. Ação semelhante foi
perpetrada no Haiti, com inteiro sucesso. Seria uma espécie de “guerra justa”, conceituada por Santo
Tomas de Aquino, como aquela que visa preservar o bem comum. Maduro já ameaça
avançar sobre as Guianas, tal qual Hitler, em busca do “espaço vital”. Os países americanos precisam sair da retórica e
partirem para ação, sob pena de, mais tarde, terem que pagar alto preço para
conterem Maduro. “Res, non verba”, atos não palavras, já ensinavam os guerreiros
da Roma antiga.
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