terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Para salvar a Venezuela

Quando Hitler ascendeu ao poder, instalando sangrenta ditadura, pelo menos a Europa já tinha conhecimento de suas intenções.  É certo que ele recuperou a economia alemã, combalida com a perda da primeira grande guerra, mas as perseguições aos judeus, aos deficientes físicos, aos homossexuais, a ampla e total censura à imprensa, tudo isto não deixava dúvidas que tenebrosos dias se aproximavam. Finalmente, quando, em 1936, ele ocupou e reintegrou a Alsacia Lorena ao território alemão, descumprindo todo o Tratado de Versailles, a Europa, especialmente França e Inglaterra não podiam ter dúvidas de que Hitler iniciava, pela força, expansão territorial de imprevisível fim. Apesar de sua recuperação econômica, em 1936 a Alemanha não dispunha – ainda – de recursos bélicos para enfrentar os vencedores da primeira guerra, signatários do Tratado de Versailles. Aquele era o momento de Hitler ser contido, extinguindo-se as forças paralelas e restaurando-se a democracia, na Alemanha. Todavia, muitos discursos  foram feitos na “Câmara dos Comuns” e no “Parlamento Francês”, sem nenhuma ação concreta que contivesse o avanço alemão. E o resultado – todos sabemos – foi um conflito que durou 06 anos, destruiu, física e economicamente a Europa, ceifando a vida de cerca de 80 milhões de pessoas, a maioria jovens, entre 18 e 30 anos.

Faço tais reminiscências históricas, quando observo a inércia, principalmente das Américas, diante dos descalabros cometidos por Nicolas Maduro, na Venezuela. Os números são alarmantes: em 2017, a inflação chegou a 2.000%, há escassez de gêneros alimentícios, o mesmo acontecendo com medicamentos essenciais, a moeda nacional – o Bolívar – teve desvalorização de quase 100%, em relação ao dólar e o índice de desemprego é da ordem de 70%, provocando a fuga de mão-de-obra, qualificada e não qualificada para os países vizinhos. Como amplamente divulgado, só em Boavista, Roraima, há cerca de 50 mil refugiados venezuelanos, vivendo em condições as mais precárias possíveis e trazendo graves consequências para aquele Estado, merecendo observar que há cerca de 100.000 pedidos venezuelanos de visto, para ingressar no Brasil. Apesar desta estupenda crise, Maduro antecipou a eleição para abril próximo e  com a oposição impedida de participar do pleito, sua vitória está assegurada. Os embargos econômicos, além de infrutíferos, acabam penalizando a já asfixiada população, daí porque, como única solução, surge a imperiosa e urgente necessidade de  intervenção militar, pelas forças armadas dos países, integrantes da “OEA – Organização dos Estados Americanos”, sob a liderança dos Estados Unidos, para expulsar Maduro e seus asseclas do Poder, recompor a economia e a unidade nacional e, depois, restaurar a democracia, convocando eleições livres. Ação semelhante foi perpetrada no Haiti, com inteiro sucesso. Seria uma espécie de “guerra justa”, conceituada por Santo Tomas de Aquino, como aquela que visa preservar o bem comum. Maduro já ameaça avançar sobre as Guianas, tal qual Hitler, em busca do “espaço vital”. Os países americanos precisam sair da retórica e partirem para ação, sob pena de, mais tarde, terem que pagar alto preço para conterem Maduro. “Res, non verba”,  atos não palavras, já ensinavam os guerreiros da Roma antiga.

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