Não poderia ter tido melhor carnaval, entre netos, filmes e,
principalmente livros, aqueles que tinha separado. Terminei o último, “Sonata de Auschwitz”, ontem à noite. Modéstia à parte, considero-me versado em “2ª guerra mundial” e devo ter cerca de 200 livros sobre o tema,
onde se inserem os horrores passados por judeus e adversários do nazismo, nos
campos de concentração. “Sonata” contém narrativa de quem “viveu” aqueles horrores e, sobrevivente, quer esquecer aqueles
tenebrosos dias. Todavia “Sonata” é
muito mais: história de amores – vários – e superações, que nos faz refletir
sobre “a miserável condição humana”. “O maravilhoso Bistrô Francês” é
comovente história da busca do amor tardio, encontrado em pequena estação turística,
situada em praia do norte da França. Leitura fácil e cheia de emoção e “Enclausurado” conta a percepção da
realidade de um feto que do útero materno “assiste”
à derrocada dos pais. O livro vale pelo inusitado. Dos filmes, “Dunkirk” é a velha repetição do “super heroísmo” dos aliados – no caso,
ingleses – durante a 2ª guerra e “Post”
narra o enfrentamento do jornal ao Governo Nixon. Ambos os filmes são fracos e
quem não os viu, nada perdeu. Sensacional são as “Olimpíadas de Inverno”, exibidas no canal 38: A juventude, em seu
melhor esplendor, desafiando o perigo ou deslizando, em coreografia mágica,
pelas pistas de gelo.
A nota amarga deste carnaval fica por conta da violência, no
Rio, que, agora, invade Ipanema e Leblon. Apaixonado, que sou, por aquela
cidade, onde vivi os melhores dias de minha vida, fico prostrado, como diante
de filho, gravemente doente, ainda sem diagnóstico, que possa debelar a causa.
Tudo começou com Brizola que, para se eleger governador, fechou acordo com a
liderança das favelas, assegurando que a
Polícia lá não subiria. Como já disse aqui, o “tráfico” elege deputado e governadores e esta relação espúria gerou
situação, agora fora de controle. Invoco Jobim “minha alma chora/vejo o Rio de Janeiro...”
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