São Paulo, Acre e Haitianos
Quando se analisa as causas da deterioração da cidade de São
Paulo, com seus múltiplos e insolúveis problemas de infra-estrutura, impossível
não considerar o formidável contingente humano, que para aqui se deslocou, em
busca de melhores condições de vida. O problema é que a maioria chegou sem ter
emprego e moradia definidos, instalando-se nas encostas dos morros, em locais
onde não havia luz, água, saneamento básico, condução, etc, equipamentos e
serviços que as administrações públicas foram instadas a proverem, sem a devida
contra prestação tributária. Quando eu aqui cheguei – também como migrante -,
no final dos anos 50, a população da Capital não chegava a 2 milhões de
habitantes. A “corrida do ouro”,
provocada, principalmente, pelo “boom”
da construção civil e pela implantação da industria automobilística, foi
elevando, progressivamente, a densidade demográfica, até chegarmos aos 12
milhões de hoje. O problema é que a maioria dos migrantes, por falta de opção,
“criou” bairros periféricos, com seus
problemas de difíceis, senão impossíveis soluções. São Paulo tornou-se,
definitivamente, cidade degradada e não há como estancar a marcha para o caos.
Não bastasse tudo isto, eis que o Governador do Acre, o
petista Tião Viana, simplesmente despeja em nossa Capital milhares de
haitianos, sem ter onde morar, sem emprego e, até, sem documentos de identidade
e sem qualificação definida. Não acredito que seu “companheiro” de partido, o Prefeito Haddad, tenha concordado com
esse despejo de vidas humanas, mas o certo é que esses haitianos, na melhor das
hipóteses, irão engrossar, tal qual já ocorre com bolivianos – o contingente de
mão-de-obra escrava, utilizada por empresários inescrupulosos. Onde vão morar
esses haitianos? Quem vai lhes prover a mantença? A atitude do Governador do
Acre não só merece repudio, mas está a exigir a competente medida legal, a ser
intentada pelo Ministério Público do Estado.
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