quinta-feira, 24 de abril de 2014

A dengue ao alcance de todos
A incompetência da administração municipal tem a incrível capacidade de nos surpreender, a cada dia. Não é que nossa infeliz cidade está a conviver com uma epidemia de dengue? Ontem, no “Jornal da Bandeirantes” assistimos, aterrorizados (os que ainda conseguem se aterrorizar) a uma manifestação de funcionária de unidade da Secretaria Municipal de Saúde, afirmando que “quem está com dengue, vai morrer mesmo.” E isto porque, além de a Prefeitura Municipal não ter realizado adequada campanha preventiva de combate ao mosquito transmissor da doença, os posto de saúde não dispõem de médicos e meios, em número suficientes, para assistirem os vitimados. Lembro-me de que, lá pelo final dos anos 90, o ilustre médico, Jorge Roberto Pagura, à frente da Secretaria Municipal de Saúde, terceirizou os serviços de prevenção e, pelo menos 3 meses antes das chuvas, - período de proliferação do mosquito transmissor – centenas de veículos, devidamente equipados com aparelhos para espargirem o veneno destruidor do mosquito e com pessoal habilitado, percorriam as áreas de risco, aplicando o produto e vistoriando as residências e estabelecimentos, localizando e eliminando locais, onde o “aedes egipti” poderia se hospedar. O resultado de tal ação preventiva foi tão auspicioso que, em nossa Capital, naquele período, não se registrou um único caso de dengue. A administração atual abandonou aquele programa e resolveu, ela mesma, assumir o encargo. Resultado: a Vigilância Sanitária Municipal, Órgão da Secretaria Municipal de Saúde, não dispõe de meios (viaturas, equipamentos, pessoal habilitado) e, se campanha preventiva houve, foi ela inócua e a epidemia da dengue está instalada, com tal gravidade, que os hospitais particulares já quase não dispõem de leitos, para recepcionarem os infectados e, quanto aos hospitais públicos, como disse aquela atendente, “não tem jeito, vai morrer.” Já disse alguém que governar é administrar prioridades e a prioridade, pelo menos para o poder público, é terminar o “Itaquerão” para a copa, que ninguém é de ferro.
A propósito, quando sai o próximo ônibus para Pasárgada?


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