Uma história para os jovens
A edição de “O Globo”,
do último domingo, 09/02, traz magnífica matéria sobre a arrojadíssima
construção da ponte Rio – Niterói, hoje a principal via de acesso a Niterói e à
região dos lagos, por onde passam, diariamente, (abstraindo os feriados e fins
de semana, quando o fluxo aumenta, consideravelmente) cerca de 150 mil
veículos. Diz a reportagem que o Presidente Médici, não aceitando o atraso das
obras e os pretendidos aumentos no preço pactuado, assinou decreto, afastando o
consórcio de empresas, encarregado da obra e contratou outro, exigindo que o
prazo fosse rigorosamente cumprido, tendo o então Ministro Mario Andreazza
mudado, com a família, para o “canteiro”.
Ao final de 04 anos a ponte estava concluída, a um custo total de 400 milhões
de reais (a valores de hoje), vale dizer 10% do que vai custar a reforma do
maracanã. A ponte foi concluída em quatro anos e constitui uma das mais
arrojadas obras da engenharia brasileira. Não posso deixar de fazer comparação
com as obras do PAC, que, iniciadas em 2010, não completaram 1/3 de seu
cronograma e consumiram 4 vezes os valores da ponte que, de larga data, já se
encontra paga, pela arrecadação do pedágio. “O Globo” informa, finalmente, que “os trabalhadores contavam com alojamento, casas, com 02 e 03
dormitórios, ambulatório, pronto socorro, supermercado, dentista, barbeiro,
agencia bancária, restaurante, escola, área de lazer, linhas gratuitas de
ônibus e até um posto de assistência social.” Enfim, eram tratados com
dignidade, sabedores que estavam ajudando a construir importante marco na
história do Brasil. A propósito, sobre o Ministro Andreazza, contra quem se
lançou tanto ignomínia, terminou ele a vida como começou: corretor de seguros
da “Atlântica Boavista”. E, quanto ao
Presidente Médici, morreu no mesmo apartamento, onde vivera por toda a vida, em
modesto prédio situado na Rua Antonio de Castilho. Agora, um imbecil de
plantão, quer mudar o nome da ponte: não mais chamará “Presidente Costa e Silva”, como se alguém não a chamasse
simplesmente, “Rio – Niterói”.
Receberá, por sugestão do imbecil, o nome de um guerrilheiro qualquer (quem
sabe, “José Genoíno”), desses que
apenas serviram para retardar o processo de redemocratização do Brasil. Mas a
simples mudança de nome não apagará da história essa obra grandiosa, erguida
numa época em que a dignidade era obrigação e não motivo de orgulho.
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