segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Uma história para os jovens

A edição de “O Globo”, do último domingo, 09/02, traz magnífica matéria sobre a arrojadíssima construção da ponte Rio – Niterói, hoje a principal via de acesso a Niterói e à região dos lagos, por onde passam, diariamente, (abstraindo os feriados e fins de semana, quando o fluxo aumenta, consideravelmente) cerca de 150 mil veículos. Diz a reportagem que o Presidente Médici, não aceitando o atraso das obras e os pretendidos aumentos no preço pactuado, assinou decreto, afastando o consórcio de empresas, encarregado da obra e contratou outro, exigindo que o prazo fosse rigorosamente cumprido, tendo o então Ministro Mario Andreazza mudado, com a família, para o “canteiro”. Ao final de 04 anos a ponte estava concluída, a um custo total de 400 milhões de reais (a valores de hoje), vale dizer 10% do que vai custar a reforma do maracanã. A ponte foi concluída em quatro anos e constitui uma das mais arrojadas obras da engenharia brasileira. Não posso deixar de fazer comparação com as obras do PAC, que, iniciadas em 2010, não completaram 1/3 de seu cronograma e consumiram 4 vezes os valores da ponte que, de larga data, já se encontra paga, pela arrecadação do pedágio. “O Globo” informa, finalmente, que “os trabalhadores contavam com alojamento, casas, com 02 e 03 dormitórios, ambulatório, pronto socorro, supermercado, dentista, barbeiro, agencia bancária, restaurante, escola, área de lazer, linhas gratuitas de ônibus e até um posto de assistência social.” Enfim, eram tratados com dignidade, sabedores que estavam ajudando a construir importante marco na história do Brasil. A propósito, sobre o Ministro Andreazza, contra quem se lançou tanto ignomínia, terminou ele a vida como começou: corretor de seguros da “Atlântica Boavista”. E, quanto ao Presidente Médici, morreu no mesmo apartamento, onde vivera por toda a vida, em modesto prédio situado na Rua Antonio de Castilho. Agora, um imbecil de plantão, quer mudar o nome da ponte: não mais chamará “Presidente Costa e Silva”, como se alguém não a chamasse simplesmente, “Rio – Niterói”. Receberá, por sugestão do imbecil, o nome de um guerrilheiro qualquer (quem sabe, “José Genoíno”), desses que apenas serviram para retardar o processo de redemocratização do Brasil. Mas a simples mudança de nome não apagará da história essa obra grandiosa, erguida numa época em que a dignidade era obrigação e não motivo de orgulho. 

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