A história esquecida
O fenômeno histórico se repete, de forma tão irritante, mas
nós, cegamente, recusamo-nos a aprender as lições por ele ditados. Não vou recuar,
no tempo, falando, por exemplo, do mesmo erro de Hitler, enterrando, tal qual
fizera Napoleão, seus exércitos na neve russa. Chego mais perto e aproveito que
se completam 50 anos da derrubada de Jango, provocada por militares, apoiados
pela esmagadora maioria da classe média, inclusive a grande imprensa, por não
mais suportar a incúria administrativa, o País à deriva, imerso na desordem e
na inversão das hierarquias. Como em sonho (ou pesadelo), fatos análogos
ressurgem: depois dos mensaleiros, vieram os baderneiros, camuflados de
manifestantes, os “black blocks” da
vida, remunerados não se sabe por quem (ou se sabe?), para destruírem o
patrimônio público e privado. Na seqüência, surgiram os “rolezinhos”, afagados pela mesma esquerda carcomida de sempre, a se
julgarem no “democrático direito” de
promoverem arrastões em “shoppings
centers”, gerando pânico e prejuízo e afirmando que, coitadinhos, era,
apenas, uma forma de lazer. Ontem, 12, manifestação do MST destruiu o gradil do
Supremo e interrompe sessão de nossa Corte Suprema. A cena geral é semelhante a
que precedeu o 31 de março de 1964. O Poder Executivo janta em Lisboa. O
Legislativo faz transplante de cabelo. O Judiciário interrompe seu já lento
trabalho, por falta de proteção. Tenho a nítida impressão que já assisti a este
filme. Se gostei? Prefiro não comentar.
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