Nasci, lá pelo final dos anos 40, numa cidade do interior de
Minas, onde só chegavam as rádios do Rio, então capital do País. Como
conseqüência, torcíamos pelos times do Rio. Por isso, sou Botafogo desde
sempre. Quando vim para São Paulo, no início dos anos 60, encontrei o Santos de
Pelé e companhia. Impossível não se encantar e acompanhar, pessoalmente, aquele
balé mágico. Mas torcer mesmo, só pelo Botafogo, na alegria e na tristeza.
Tornei-me, aqui e no Rio, “habitué”
de estádio de futebol e, como goleiro amador, nunca fiz feio. Agora, futebol,
nem mais pela TV. Não por causa do Botafogo, até porque já sobrevivi a momentos
piores. É que o futebol transformou-se em negócio, como outro qualquer,
principalmente com suas “mutretas”.
Ficamos nós, torcedores, amargurados, nos estádios ou à frente da TV, enquanto
dirigentes, intermediários e jogadores, felizes da vida, envolvem-se em “tenebrosas transações”. Apenas dois
exemplos recentes: o que está a sentir o torcedor da lusa paulista, que gastou
seu rico dinheirinho, ao longo do campeonato, fez passeata contra o
rebaixamento e, agora, é informado que alguém, dentro da própria Portuguesa,
levou “algum” exatamente para
propiciar o rebaixamento da mesma? Quem pagou e quem recebeu, ainda não ficou
esclarecido. E tem o episódio Neymar, que levou um “adiantamento” de 10 milhões de euros (cerca de 25 milhões de reais)
do Barcelona um mês antes de jogar ou melhor, de nada jogar, pelo Santos contra
o time do Messi. O assunto saiu da página de esportes para a policial.
Se minhas expectativas se concretizarem, viajarei, antes da
copa, para um lugar, onde não se fale em futebol e só retornarei, quando o “circo” estiver desmontado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário