segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Nasci, lá pelo final dos anos 40, numa cidade do interior de Minas, onde só chegavam as rádios do Rio, então capital do País. Como conseqüência, torcíamos pelos times do Rio. Por isso, sou Botafogo desde sempre. Quando vim para São Paulo, no início dos anos 60, encontrei o Santos de Pelé e companhia. Impossível não se encantar e acompanhar, pessoalmente, aquele balé mágico. Mas torcer mesmo, só pelo Botafogo, na alegria e na tristeza. Tornei-me, aqui e no Rio, “habitué” de estádio de futebol e, como goleiro amador, nunca fiz feio. Agora, futebol, nem mais pela TV. Não por causa do Botafogo, até porque já sobrevivi a momentos piores. É que o futebol transformou-se em negócio, como outro qualquer, principalmente com suas “mutretas”. Ficamos nós, torcedores, amargurados, nos estádios ou à frente da TV, enquanto dirigentes, intermediários e jogadores, felizes da vida, envolvem-se em “tenebrosas transações”. Apenas dois exemplos recentes: o que está a sentir o torcedor da lusa paulista, que gastou seu rico dinheirinho, ao longo do campeonato, fez passeata contra o rebaixamento e, agora, é informado que alguém, dentro da própria Portuguesa, levou “algum” exatamente para propiciar o rebaixamento da mesma? Quem pagou e quem recebeu, ainda não ficou esclarecido. E tem o episódio Neymar, que levou um “adiantamento” de 10 milhões de euros (cerca de 25 milhões de reais) do Barcelona um mês antes de jogar ou melhor, de nada jogar, pelo Santos contra o time do Messi. O assunto saiu da página de esportes para a policial.

Se minhas expectativas se concretizarem, viajarei, antes da copa, para um lugar, onde não se fale em futebol e só retornarei, quando o “circo” estiver desmontado.

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