quarta-feira, 19 de setembro de 2018

“A escolha de Sofia”


No dia, 28 de agosto, neste mesmo espaço, vaticinei possível segundo turno, entre Bolsonaro e Haddad. Essa previsão – que era quase óbvia – vai se tornando realidade concreta, pela divulgação das últimas pesquisas, Bolsonaro, subindo gradativamente e Haddad, ancorado em Lula, alçando múltiplos voos. Arrisco outro palpite para o final do primeiro turno: Bolsonaro 34%, Haddad 26%. O raciocínio é simples: nestes últimos dias para a eleição, predominará o voto útil: votos de Alckmin e companhia migrarão para Bolsonaro e votos de Ciro e Marina, especialmente no Nordeste, deslocar-se-ão para Haddad. Como consequência, assistiremos à acirrada batalha entre o petismo – e tudo de execrável sucedido na recente história do país – e o anti petismo, representado pela Ideia de um Brasil passado a limpo. Os que temem Bolsonaro,  por verem nele um radical de direita, esquecem-se de que, se eleito, terá ele suas ações, boas ou más, tuteladas pelo  Congresso Nacional, sem cuja harmônica colaboração a governabilidade vai para o espaço, como aconteceu, anteontem, com Collor e, ontem, com Dilma. Nosso regime é presidencialista, mas a Constituição possui regramento parlamentarista. Um pouco de olhar para a história, ajuda-nos a fazer, se não digo a melhor, mas, pelo menos, a menos  pior escolha. É como votarei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário