No dia, 28 de agosto, neste mesmo espaço, vaticinei possível
segundo turno, entre Bolsonaro e Haddad. Essa previsão – que era quase óbvia –
vai se tornando realidade concreta, pela divulgação das últimas pesquisas,
Bolsonaro, subindo gradativamente e Haddad, ancorado em Lula, alçando múltiplos
voos. Arrisco outro palpite para o final do primeiro turno: Bolsonaro 34%, Haddad
26%. O raciocínio é simples: nestes últimos dias para a eleição, predominará o voto
útil: votos de Alckmin e companhia migrarão para Bolsonaro e votos de Ciro e
Marina, especialmente no Nordeste, deslocar-se-ão para Haddad. Como
consequência, assistiremos à acirrada batalha entre o petismo – e tudo de
execrável sucedido na recente história do país – e o anti petismo, representado
pela Ideia de um Brasil passado a limpo. Os que temem Bolsonaro, por verem nele um radical de direita, esquecem-se
de que, se eleito, terá ele suas ações, boas ou más, tuteladas pelo Congresso Nacional, sem cuja harmônica
colaboração a governabilidade vai para o espaço, como aconteceu, anteontem, com
Collor e, ontem, com Dilma. Nosso regime é presidencialista, mas a Constituição
possui regramento parlamentarista. Um pouco de olhar para a história, ajuda-nos
a fazer, se não digo a melhor, mas, pelo menos, a menos pior escolha. É como votarei.
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