OS COVEIROS ATACAM NOVAMENTE
A “Comissão da Verdade”, que
insisto em chamar “Comissão da Mentira”, subiu nas tamancas e, depois de levar
um “baile” do Coronel da Reserva, Carlos Alberto Brilhante Ustra, ameaça fazer
um “relatório contundente”, inclusive nominando Magistrados e empresários, “que
ainda estão por aí” e que teriam colaborado com os atos de tortura, nos
chamados “anos de chumbo”, que se encerraram com o Governo Geisel, isto é, no longínquo
1975. Faço minhas contas e constato que, no mínimo, 38 anos se passaram e esses
Magistrados e empresários, se vivos estiverem, terão mais de 80 anos. A “Comissão”
diz que ouvirá muita gente. Ouvirá o Gabeira, que participou de seqüestro de
Embaixador? Ouvirá Genoíno, acusado de matar jovens militares no Araguaia?
Ouvirá José Dirceu que foi treinar guerrilha urbana, em Cuba, e depois voltou
ao Brasil para aplicar seus ensinamentos? Ouvirá, por fim, a Presidente Dilma
que, segundo relato de importante jornal paulistano, participou de assaltos a
banco e tramou o seqüestro – não consumado – do ex Ministro, Delfim Netto?
Duas verdades incontestáveis:
primeira: quem nasceu depois de 1950, vale dizer, cerca de 80% da população
brasileira, sabe dos acontecimentos daquela época, apenas através dos
compêndios de história, já que não os vivenciou; segunda: concordo com os que
dizem que, em 31 de Março de 1964, não houve uma “revolução”, mas sim, “golpe
militar”, até porque, se fosse uma revolução, como a cubana, por exemplo, as
personalidades citadas não estariam por aqui, vivas, algumas delas, inclusive a
“tungarem” os cofres públicos.
A lei da anistia, bilateral,
diga-se de passagem, objetivou enterrar aquele passado, bilateralmente negro de
nossa história. O Brasil precisa olhar para frente e deixar de lado esses
coveiros desempregados que insistem em exumar o defunto.
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