Liga-me aquele amigo-cliente, auto-exilado,
no seu firme propósito de só retornar ao Brasil depois que o País tiver um
mínimo de coerência. Está na Holanda, apaixonado que é por tulipas, irradiantes
na primavera européia. Quer saber das novidades e eu trato de desanimá-lo. Lá
pelos anos setenta, íamos, juntos ao Maracanã. Ele, torcedor do Fluminense e
eu, botafoguense desvairado. Naquela época, o “maior estádio do mundo” tinha
capacidade para 200 mil espectadores. Acabaram de fazer uma reforma (a segunda
em menos de 10 anos), gastaram mais de um bilhão de reais e, agora, o estádio
teve sua capacidade reduzida para cerca de 75 mil torcedores. Conto isto a meu
amigo e ele, histérico, diz que não pode ser verdade. Mas avanço em meu pífio
noticiário: o histriônico Ministro Joaquim ataca outra vez, chamando-nos a nós,
advogados, de preguiçosos, já que só saímos da cama às onze horas e olha que
lhe escrevo às oito da matina. E, após muita negociação, o Congresso aprovou a
privatização dos portos. O interessante é que o PSDB, que privatizou tudo que
podia privatizar, era contra... e não me pergunte porque. Não sei se já lhe
falei: os Ministérios, que eram 15, no Regime Militar, passaram a 22 no governo
Collor, pularam para 24, com Fernando Henrique e agora, são 39, sob a batuta da
dona Dilma que teve que fazer um “puxadinho”, em sua mesa de reunião, para
caber todos, sendo que a maioria nem ela conhece. Por falar em dona Dilma, noticia-se
que, em sua viagem ao Japão, ela a vai dar uma esticada ao Vietnã, para
cumprimentar um general, que derrotou os americanos. Como se sabe, o Vietnã é
grande parceiro comercial do Brasil, enquanto os Estados Unidos... deixa prá
lá. Êta gente que gosta de desenterrar o passado e, por falar nisto, vão exumar
o cadáver do Jango, morto em 1976, para saber se ele morreu de causa natural ou
se foi envenenado. Sua esposa, dona Maria Tereza, afirma que estava sozinha com
ele, no dia de sua morte. Por que não deixam os mortos em paz? E, para
encerrar, o Conselho Nacional de Justiça ameaça de punição os Cartórios que se
negarem a realizar casamentos homoafetivos, apesar de nossa Carta Magna (que já
não é tão magna assim), ao dispor em seu Capítulo VII sobre a família como “base
da sociedade” (art. 226), refere-se, sempre, a homem e mulher. Você, que é
solteiro, que se cuide, já que, pelo andar da carruagem, até você voltar só
será válida a união homossexual.
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