Na parede, à direita de minha mesa
de trabalho, contemplo o quadro do meu time de futebol, à época da faculdade.
Lá estou eu, goleiro (30 quilos mais magro) posição que ocupei ao longo de toda
a vida, por campos e praias sem fim, até que, faz uns cinco anos, encerrei a
carreira, compelido pelos anos acumulados. A cabeça dizia: “vai”, e o corpo
respondia “não vou”. Mas ficou minha solidariedade aos goleiros, todos eles,
principalmente aos momentos de infortúnio, como o vivido por Bruno, do
Palmeiras. Mesmo não sendo torcedor do “Alviverde Imponente”, tive ímpeto de
atravessar a televisão e consolar o jovem goleiro. Que não o imolem pelo erro
cometido, rogo, em nome de todos os que, movidos por tenebrosas forças,
escolheram aquela posição.
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