UMA
IDEIA IMBECIL
25 de Janeiro foi data festiva para quase todos os
moradores de nossa Capital, principalmente para aqueles (como este modesto
escriba) que para cá vieram em busca de melhores condições de vida. Mas, por
que digo eu “para quase todos”? Como sabemos, São Paulo não se exaure dentro
dos seus limites geográficos. A ela se agregaram, como irmãs siamesas, dezenas
de outras cidades e, para o fato específico que quero ressaltar, citarei apenas
Osasco, Barueri (onde ficam Alphaville e Tamboré), Carapicuíba, Jandira, Santana
do Parnaíba, cidades de expressiva importância econômica e onde o dia 25 foi
dia normal de trabalho. Por outro lado, como aquele dia caiu em uma
sexta-feira, milhares de paulistanos demandaram o interior, em busca do lazer
prolongado. E o que fez o nosso ainda debutante alcaide? Simplesmente
interditou a Marginal Pinheiros, sentido Rodovia Castelo Branco, para um “passeio
ciclista”. Resultado foi um monumental congestionamento, que reteve, por não
menos de duas horas, entre a saída da Juscelino e o início da Castelo Branco,
os motoristas que, seja em razão de trabalho (como era o meu caso), seja em
razão do merecido descanso, precisavam alcançar aquela rodovia, rota de acesso
necessário para as mais importantes cidades do interior paulista. De quem
partiu tão imbecil idéia, não posso imaginar, mas, em última instância, a
responsabilidade é do Prefeito. O certo é que tal monumental engarrafamento
trouxe irreparável prejuízo econômico para milhares de pessoas que, por
acréscimo, desenvolveram justificada antipatia pelos ciclistas, de um modo
geral. Já não bastavam os transtornos com as injustificáveis ciclo faixas, a
infernizarem, aos domingos, a vida dos motoristas, agora surge a maléfica idéia
de interditar o acesso às rodovias. Afinal, quando as autoridades vão entender
que nossa Capital, seja por sua topografia, seja pelos seus seis milhões de
automóveis, não se adequa a bicicletas? Os que gostam de pedalar devem procurar
os parques, o autódromo, o sambódromo, jamais as grandes avenidas e muito menos
os acessos às estradas.
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