terça-feira, 28 de agosto de 2018

Decifra-me ou devoro-te


A corrida presidencial vai se assemelhando a intricado jogo de xadrez, digno de campeões russos. Mesmo sem Lula, mas contando com o apoio dele, Fernando Haddad deverá estar no 2º turno. Mas, quem será seu adversário? Por mais que a  grande mídia tente desconstruir sua imagem, Jair Bolsonaro segue em ascendência, gradual e segura, enquanto Alckmin, o candidato do “Sistema” (leia-se, conglomerado empresarial e financeiro) patina, em míseros 5%. Vaticina-se que, com o horário eleitoral gratuito, muda o panorama. Não creio, vez que, segundo o Ibope, o programa eleitoral gratuito nunca manteve média de audiência superior a 10% e, como é de notória sabença, televisão ligada, não significa programa assistido. Partindo dessa tímida análise, é lícito projetar um segundo turno, tendo, como protagonistas, Bolsonaro e Haddad. É aí que a  porca vai torcer o rabo, como diria minha falecida mãe: quem vai apoiar quem? Por tendência natural, os partidos, ditos de esquerda, inclinam-se a apoiar Haddad. Todavia, apoiá-lo, significaria dar os braços ao petismo e sua pujante história de corrupção. E, como ficaria, MDB, PTB e, principalmente, PSDB neste “imbróglio”?  A análise de tal fato hipotético não é para amadores e eu, como o sou, quedo-me a meu canto, confortável em meu voto facultativo.

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