O programa “Roda Vida”
de ontem, 28, brindou-nos com a presença de Ciro Gomes, o destemperado que,
depois de várias lambanças partidárias,
sentou praça no PDT, de onde se lançou candidato à presidência da República. Em
duas horas de programa, redescobriu e
equacionou todos os agudos problemas do País. Implantará rede ferroviária capaz
de minimizar nossa dependência do transporte rodoviário. Reduzirá a população
carcerária e criará “Polícia de Fronteira”,
munida de drones, barcos possantes, helicópteros e outros equipamentos modernos,
o que impedirá o contrabando e o tráfico internacional de drogas. Dará nova
dinâmica à segurança pública, principalmente na apuração de delitos graves,
como o homicídio. Na educação, encontra-se com as ideias de seu guru,
Mangabeira Unger, que propõe um “ensino
de confronto”, de modo que o aluno, recebendo mensagens antagônicas, possa
melhor formar juízo de valor. Para resolver o rombo da previdência, Ciro, o
indomável, propõe remover da Constituição Federal a cláusula pétrea que protege
o ato jurídico perfeito e o direito adquirido. Perguntado como conseguiria
recursos para viabilizar tantos projetos, Ciro, o magnânimo, propõe aumentar
impostos existentes e criar novos. Perguntado como interveriria na segurança
pública, cuja competência, nos termos da Constituição, é das unidades
federativas, propõe mudar a Carta Magna. Ciro, o venturoso, apregoa sua
competência, a partir de sua “exitosa”
passagem pelo governo do Ceará, a seu juízo, o quinto Estado da Federação, mas,
na verdade, como dizem os números, está lá pelo 10º lugar, sendo sua Capital,
Fortaleza, uma das mais violentas do País. Ciro, o sempre efêmero, projeta que
seu partido fará 60 deputados e 05 senadores e com essa pífia bancada julga que
modifica a Constituição, altera e cria novos tributos. Não desdenha a
possibilidade de formar alianças, menos com o MDB, a seu sentir, partido
político formado por marginais, de todo o gênero. Ciro, o verborrágico, chamou
Pedro Parente, presidente da Petrobrás de entreguista, a serviço das
multinacionais do petróleo; atirou em Temer, a quem apelidou de escroque e,
mesmo asseverando não ter provas, afirmou que as instituições paulistas selaram
acordo com o PCC, facilitando o comércio de drogas.
O tempo passou, o corpo ganhou forma mais volumosa, os
cabelos rarearam e embranqueceram, mas Ciro continua tresloucado, confundindo
altivez com valentia pessoal.
Ciro Gomes, pelas ideias expostas, ontem, não é candidato a
presidente, mas a ditador do Brasil.
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