terça-feira, 29 de maio de 2018

Ciro Gomes, o retorno


O programa “Roda Vida” de ontem, 28, brindou-nos com a presença de Ciro Gomes, o destemperado que, depois de várias  lambanças partidárias, sentou praça no PDT, de onde se lançou candidato à presidência da República. Em duas horas de programa,  redescobriu e equacionou todos os agudos problemas do País. Implantará rede ferroviária capaz de minimizar nossa dependência do transporte rodoviário. Reduzirá a população carcerária e criará “Polícia de Fronteira”, munida de drones, barcos possantes, helicópteros e outros equipamentos modernos, o que impedirá o contrabando e o tráfico internacional de drogas. Dará nova dinâmica à segurança pública, principalmente na apuração de delitos graves, como o homicídio. Na educação, encontra-se com as ideias de seu guru, Mangabeira Unger, que propõe um “ensino de confronto”, de modo que o aluno, recebendo mensagens antagônicas, possa melhor formar juízo de valor. Para resolver o rombo da previdência, Ciro, o indomável, propõe remover da Constituição Federal a cláusula pétrea que protege o ato jurídico perfeito e o direito adquirido. Perguntado como conseguiria recursos para viabilizar tantos projetos, Ciro, o magnânimo, propõe aumentar impostos existentes e criar novos. Perguntado como interveriria na segurança pública, cuja competência, nos termos da Constituição, é das unidades federativas, propõe mudar a Carta Magna. Ciro, o venturoso, apregoa sua competência, a partir de sua “exitosa” passagem pelo governo do Ceará, a seu juízo, o quinto Estado da Federação, mas, na verdade, como dizem os números, está lá pelo 10º lugar, sendo sua Capital, Fortaleza, uma das mais violentas do País. Ciro, o sempre efêmero, projeta que seu partido fará 60 deputados e 05 senadores e com essa pífia bancada julga que modifica a Constituição, altera e cria novos tributos. Não desdenha a possibilidade de formar alianças, menos com o MDB, a seu sentir, partido político formado por marginais, de todo o gênero. Ciro, o verborrágico, chamou Pedro Parente, presidente da Petrobrás de entreguista, a serviço das multinacionais do petróleo; atirou em Temer, a quem apelidou de escroque e, mesmo asseverando não ter provas, afirmou que as instituições paulistas selaram acordo com o PCC, facilitando o comércio de drogas.
O tempo passou, o corpo ganhou forma mais volumosa, os cabelos rarearam e embranqueceram, mas Ciro continua tresloucado, confundindo altivez com valentia pessoal.
Ciro Gomes, pelas ideias expostas, ontem, não é candidato a presidente, mas a ditador do Brasil.

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