sexta-feira, 6 de junho de 2014



Podemos confiar nas pesquisas?
Converso com amigo, sociólogo de vários títulos e longa estrada, que sabe tudo de pesquisa. Quero explicação técnica para o sobe e desce da Dilma e a subida vertiginosa do Aécio. A mim, ignorante no assunto, as conclusões sobem-me como contraditórias. Explica-me ele que as pesquisas, realizadas antes da abertura dos debates, tem pouco valor cientifico e a prova disto é o grande numero de indecisos. Além do mais, o País vive o clima “contra a copa” e “a favor da copa”, cujo resultado, acrescentou ele, não influirá na opção do eleitor, mas serve para tirar a política de foco. Assim – sempre segundo ele -, teremos que aguardar o começo do mês de agosto, quando, então, as pesquisas estarão mais próximas da verdade.
Respirei aliviado, pois a simples possibilidade de a Presidente se reeleger já no primeiro turno, constitui um desalento. Aécio, apesar de sua juventude, não é o candidato dos meus sonhos, mas nada é pior do que o País continuar nesta administração retrógrada e malcheirosa, mãos dadas com os “Maduros” e “Morales” da vida. O Brasil, literalmente, andou para trás, nestes últimos anos e foi objeto do escárnio mundial, com seu pífio crescimento econômico e tendo, como única prioridade, a copa do mundo, versão moderna do “pão e circo” dos antigos romanos. Somos vergonha internacional em saúde e educação e a “bolha imobiliária”, que estourou nos Estados Unidos, em 2008/2009, parece estar chegando por aqui, com a estagnação desse segmento. A Presidente tem, a seu favor, o enorme contingente de miseráveis, que recebe essa esmola do governo, sob o nome de “bolsa família”, esmola, simples esmola, porque nada exige em troca, a não ser o voto, o velho voto de cabresto. Dilma, que surgiu do mesmo ninho dos “mensaleiros”, é beijada por Collor e Maluf, todos “bons companheiros” da Presidente, que se empenha por afundar a CPI da Petrobrás, empresa que já foi orgulho dos brasileiros e agora transformada em valhacouto de bandoleiros. Mas nada disso, pelo menos, por agora, importa, porque “Yes, nós temos banana”, isto é, copa do mundo e, peito inflado, acabamos por esmagar a poderosa seleção do Panamá.

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