quarta-feira, 27 de novembro de 2013


A prepotência revisitada

A “Isto é” do último fim de semana, traz a informação de que o midiático Ministro Joaquim Barbosa, em março de 2014, provavelmente deixe o Supremo, em razão da ascensão do Ministro Lewandowski à Presidência daquela Corte. Tomara que se concretize tal expectativa.  Joaquim Barbosa deixa uma marca – para não dizer uma nódoa – na história do Supremo: como escorpião, que não perde a oportunidade de demonstrar sua índole, investiu-se, ao arrepio da lei, sobre figuras proeminentes do PT (partido em que nunca votei), principalmente sobre José Dirceu, a mão que, malgrado o pouco “saber jurídico” e nenhum reconhecimento pelo meio dos que militam no Direito, levou-o para o Supremo, só porque o governo Lula, no afã de agradar às minorias, queria, porque queria, que um negro tivesse assento na Corte. A prepotência, o arbítrio foram a marca registrada de Joaquim, como Relator do “mensalão”. Ao assumir a Presidência, imaginou-se senhor absoluto do Supremo e da justiça brasileira, culminando com o patético episódio de 15 de novembro, relembrando o “prendo e arrebento”, de outras épocas. Manifestação de preconceito racial, ao contrário, deslustrando outros negros, no sentido largo do termo, que fizeram história – esta sim, verdadeira – no direito brasileiro, como José do Patrocínio e Rui Barbosa, esse, felizmente, sem parentesco com Joaquim. Imagina ele que poderá alçar vôo na vida política. Ignorância ou ingenuidade: na política, como na vida, em geral, adora-se a traição, quando ela é praticada a favor, mas se abomina o traidor.

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