A prepotência revisitada
A “Isto é” do
último fim de semana, traz a informação de que o midiático Ministro Joaquim
Barbosa, em março de 2014, provavelmente deixe o Supremo, em razão da ascensão
do Ministro Lewandowski à Presidência daquela Corte. Tomara que se concretize
tal expectativa. Joaquim Barbosa deixa
uma marca – para não dizer uma nódoa – na história do Supremo: como escorpião,
que não perde a oportunidade de demonstrar sua índole, investiu-se, ao arrepio
da lei, sobre figuras proeminentes do PT (partido em que nunca votei),
principalmente sobre José Dirceu, a mão que, malgrado o pouco “saber jurídico” e nenhum reconhecimento pelo
meio dos que militam no Direito, levou-o para o Supremo, só porque o governo
Lula, no afã de agradar às minorias, queria, porque queria, que um negro
tivesse assento na Corte. A prepotência, o arbítrio foram a marca registrada de
Joaquim, como Relator do “mensalão”.
Ao assumir a Presidência, imaginou-se senhor absoluto do Supremo e da justiça
brasileira, culminando com o patético episódio de 15 de novembro, relembrando o
“prendo e arrebento”, de outras
épocas. Manifestação de preconceito racial, ao contrário, deslustrando outros
negros, no sentido largo do termo, que fizeram história – esta sim, verdadeira
– no direito brasileiro, como José do Patrocínio e Rui Barbosa, esse,
felizmente, sem parentesco com Joaquim. Imagina ele que poderá alçar vôo na
vida política. Ignorância ou ingenuidade: na política, como na vida, em geral,
adora-se a traição, quando ela é praticada a favor, mas se abomina o traidor.
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