“Dois pesos, duas
medidas.”
Dentre tantas mazelas, que a idade nos trás, uma é a de nos
transformar em “testemunhas da história”, identificando os equívocos e as
contradições do comportamento humano. Por que estou a dizer isto, nesta cinzenta
e fria tarde chuvosa? Porque a diferença de tratamento dada entre o “caso Nixon”
e o “caso Obama”? Nixon foi, sem dúvida, um dos mais importantes presidentes
norte-americanos: teve a coragem de, assumindo a derrota, assinar a paz com o
Vietnã, naquela malfadada guerra, obra dos democratas; mais, estabeleceu relações
com a China, colocando os interesses norte americanos acima das diferenças
ideológicas e, pelo mesmo princípio, “descongelou” as relações com a antiga União
Soviética. Malgrado tudo isto, foi massacrado pela mídia, quando alguns
assessores seus foram acusados de espionarem instalações do partido democrata. Já
que nunca se provou ter sido ele o mandante de tal ato, poderia ter dito: “Eu nada
sabia.” e demitiria os assessores. Mas, com a dignidade própria de estadista, simplesmente
assumiu a responsabilidade e renunciou. Vejamos, agora, o caso Obama: seu governo
– catastrófico, no plano econômico – está sendo responsabilizado de “grampear”
importante membro da imprensa, numa clara violação à “Primeira Emenda da
Constituição Americana”, que proíbe o cerceamento da liberdade de imprensa. O escândalo
teve pouca repercussão. Obama disse que não sabia de nada e buscou um bode
expiatório... e o demitiu. Eis a diferença entre um estadista – Nixon – que
ficará na história e mais um presidente que cairá no esquecimento do povo
Americano.
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