terça-feira, 4 de junho de 2013

“Dois pesos, duas medidas.”


Dentre tantas mazelas, que a idade nos trás, uma é a de nos transformar em “testemunhas da história”, identificando os equívocos e as contradições do comportamento humano. Por que estou a dizer isto, nesta cinzenta e fria tarde chuvosa? Porque a diferença de tratamento dada entre o “caso Nixon” e o “caso Obama”? Nixon foi, sem dúvida, um dos mais importantes presidentes norte-americanos: teve a coragem de, assumindo a derrota, assinar a paz com o Vietnã, naquela malfadada guerra, obra dos democratas; mais, estabeleceu relações com a China, colocando os interesses norte americanos acima das diferenças ideológicas e, pelo mesmo princípio, “descongelou” as relações com a antiga União Soviética. Malgrado tudo isto, foi massacrado pela mídia, quando alguns assessores seus foram acusados de espionarem instalações do partido democrata. Já que nunca se provou ter sido ele o mandante de tal ato, poderia ter dito: “Eu nada sabia.” e demitiria os assessores. Mas, com a dignidade própria de estadista, simplesmente assumiu a responsabilidade e renunciou. Vejamos, agora, o caso Obama: seu governo – catastrófico, no plano econômico – está sendo responsabilizado de “grampear” importante membro da imprensa, numa clara violação à “Primeira Emenda da Constituição Americana”, que proíbe o cerceamento da liberdade de imprensa. O escândalo teve pouca repercussão. Obama disse que não sabia de nada e buscou um bode expiatório... e o demitiu. Eis a diferença entre um estadista – Nixon – que ficará na história e mais um presidente que cairá no esquecimento do povo Americano.

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