Estranho que,quando estourou o escándalo do
"mensalão",o maior dessa pobre República,não tenha ocorrido qualquer
manifestação popular,exigindo a deposição do então Presidente e sua
"troupe',tal qual acontecera com Collor.
Como já era de se esperar(e eu
vaticinei isso,aqui mesmo)o ,tudo está a indicar que os condenados só
cumprirão suas penas (outras penas,menores,por certo),daqui a dois ou mais
anos.Esse fato também não trouxe qualquer comoção popular.
Agora,a
pretexto de um ínfimo e justificável aumento nas passagens de ônibus,o País
explode em passeatas,que vão infernizando a vida de quem
trabalha.
Impossível,por exemplo,exercer qualquer atividade na região da
Paulista,após às 16horas e é importante lembrar que,em torno daquela
Avenida,existem cinco hospitais de grande porte,além do maior da América
Latina,o Hospital das Clínicas,que atende,prioritariamente,a população mais
carente.
É obvio que por trás dessa manifestações há fortes interesses políticos
que,com o tempo,aflorarão.A partir do momento em que começaram os atos de
vandalismo,a ação da Policia Militar tornou-se imprescindível e assim o é em
todos os países do mundo.
E o Governo,numa clara manifestação de fraqueza,chamou
os baderneiros para "negociar" e aceitou que eles continuem a
paralisar a cidade,trazendo absurdo prejuízo material a nossa raquítica economia.O
dia de ontem-18 de junho-ficará na história do Brasil,como a data em que os
poderes constituidos,débeis poderes,dobraram-se diante de agitadores
profissionais.
A cidade de São Paulo possui vários locais para os inconformados(e há motivos de
sobra para tal inconformismo)exercerem o direito de expressão,sem
tumultuar a vida dos que precisam trabalhar.
Que tal se reunirem eles no
Estádio do Pacaembu,ou no Sambódromo,ou no Parque do Ibirapuera?O que não se
pode aceitar é que as autoridades,em nome do relativíssimo direito de expressão
permitam que as principais cidades do Pais tenham sua vida paralisada,colocando
seus habitantes em estado de permanente insegurança.
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