quinta-feira, 6 de junho de 2013

ECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO

Em recente viagem, percorri, de carro, a distância que separa São Paulo de Belo Horizonte. Acostumado ao interior de São Paulo, com suas incontáveis plantações, surpreendi-me com o fato da existência de poucas áreas cultivadas, ao longo da “Fernão Dias”. Além de se tratar de região montanhosa – informou-me o companheiro de viagem – a grande maioria da área cultivável não o pode ser por se tratar de reserva ambiental. Fiquei a pensar nas consequências geradas pelo extremismo. É claro que ninguém pode ser contra a preservação do meio ambiente. Mas daí a manter incólume extensa área, que poderia estar gerando riqueza e empregos para um País tão pobre quanto o nosso, além de burrice, constitui total visão distorcida da realidade objetiva. Lembro-me de que, certa feita, percorri o interior da Espanha, partindo de Madri em direção a Barcelona, também de carro e me impressionei que as grandes plantações, principalmente de trigo, chegavam às margens da rodovia. O Brasil, cujo PIB aproxima-se de zero, assiste a uma de suas principais crises econômicas, com a inflação (a verdadeira, não a manipulada pelo governo) aproximando-se dos 20% e o agronegócio tem sido a exceção, malgrado o pouco apoio e as constantes invasões de bandos de celerados e vagabundos. É inconcebível que um País pobre, com baixa taxa de crescimento social e econômico priorize a ecologia, menosprezando a imperiosa necessidade de crescer, gerar novos empregos, enfim, permitir a todos uma vida mais digna. Afinal, como nos ensina a Bíblia, a natureza foi feita para o homem e não o homem para a natureza.

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