Vejo a euforia dos jornalistas
televisivos, anunciando que a taxa oficial de juros – a selic – caiu para 7% ao
ano, a menor de nossa história, dizem. Fica a pergunta: quando essas reduções
chegarão ao consumidor, se meu banco cobra 13% ao mês, no cheque especial e o
cartão de crédito 20%, os maiores
encargos financeiros do mundo? Tais taxas, absurdamente extorsivas, agridem o
orçamento, principalmente do pequeno e médio assalariado, que utiliza o cheque
especial e o cartão de crédito para “ajudá-lo”
a chegar ao fim do mês. Se ele não consegue quitar, integralmente, o débito (e
quase nunca o consegue), entrará numa roda viva, da qual dificilmente sairá. Os
bancos e as operadoras de cartão de crédito são verdadeiras piranhas (no duplo
sentido do termo), fornecendo cheques especiais e cartões, com expressivo limite, a pessoas de baixa renda, provocando injusta situação: eles, os bancos e operadoras
de cartão, exibindo em seus balanços, lucros astronômicos e, de outro lado, o desassistido correntista, via
de regra, assalariado, sendo obrigado a exaurir seu 13º salário para pagar
inexpugnáveis encargos financeiros.
Com incontestável razão, o ilustre
advogado e jornalista Airton Soares, quem me honra com seu convívio, repete,
como “mantra”, no “Jornal da Cultura” que, dentre todas as
reformas, a do sistema financeiro talvez seja a mais importante. Descrente nos
que governam, acho devaneio a proposta do ilustre companheiro, que, como poucos,
honrou o Poder Legislativo, como
deputado federal.
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