quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A inatingível redução da taxa de juros

Vejo a euforia dos jornalistas televisivos, anunciando que a taxa oficial de juros – a selic – caiu para 7% ao ano, a menor de nossa história, dizem. Fica a pergunta: quando essas reduções chegarão ao consumidor, se meu banco cobra 13% ao mês, no cheque especial e o cartão de crédito 20%,  os maiores encargos financeiros do mundo? Tais taxas, absurdamente extorsivas, agridem o orçamento, principalmente do pequeno e médio assalariado, que utiliza o cheque especial e o cartão de crédito para “ajudá-lo” a chegar ao fim do mês. Se ele não consegue quitar, integralmente, o débito (e quase nunca o consegue), entrará numa roda viva, da qual dificilmente sairá. Os bancos e as operadoras de cartão de crédito são verdadeiras piranhas (no duplo sentido do termo), fornecendo cheques especiais e cartões, com expressivo  limite, a pessoas de baixa renda, provocando  injusta situação: eles, os bancos e operadoras de cartão, exibindo em seus balanços, lucros astronômicos e, de  outro lado, o desassistido correntista, via de regra, assalariado, sendo obrigado a exaurir seu 13º salário para pagar inexpugnáveis encargos financeiros.

Com incontestável razão, o ilustre advogado e jornalista Airton Soares, quem me honra com seu convívio, repete, como “mantra”, no “Jornal da Cultura” que, dentre todas as reformas, a do sistema financeiro talvez seja a mais importante. Descrente nos que governam, acho devaneio a proposta do ilustre companheiro, que, como poucos,  honrou o Poder Legislativo, como deputado federal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário