terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Um fantasma que não causa medo
O governo Dilma, num gesto inútil e divorciado da história, devolveu o “título” de Presidente da República ao falecido João Goulart. Para quem não viveu aqueles dias, ou leu os fatos em livros desfocados da verdade objetiva, Jango colheu os frutos de sua péssima visão política: imaginou ter o apoio popular e militar, para implantar um regime, “a la Perón”, isto é, um estado sindicalista forte. Na hora “h”, como não tinha o apoio nem mesmo dos sindicatos, que sustentava com o dinheiro do contribuinte e muito menos das Forças Armadas, fugiu para o Uruguai, depois de rápida escala em Porto Alegre. Jango foi cria de Getúlio, mas não aprendeu com ele as artimanhas do poder, que exerceu, sem garra, dando preferência às noitadas, regadas a bom uísque, nas casas noturnas da moda. Seu legado político foi nenhum e seu nome somente ficou gravado porque, pelos seus destemperos, nos idos de março de 64, provocaram o contra golpe de 31 do mesmo mês e ano. Afinal, como vivemos tempos medíocres, é normal que se relembre homens medíocres.

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