Um fantasma que não causa medo
O governo Dilma, num gesto inútil e divorciado
da história, devolveu o “título” de
Presidente da República ao falecido João Goulart. Para quem não viveu aqueles
dias, ou leu os fatos em livros desfocados da verdade objetiva, Jango colheu os
frutos de sua péssima visão política: imaginou ter o apoio popular e militar,
para implantar um regime, “a la Perón”,
isto é, um estado sindicalista forte. Na hora “h”, como não tinha o apoio nem mesmo dos sindicatos, que sustentava
com o dinheiro do contribuinte e muito menos das Forças Armadas, fugiu para o
Uruguai, depois de rápida escala em Porto Alegre. Jango foi cria de Getúlio,
mas não aprendeu com ele as artimanhas do poder, que exerceu, sem garra, dando
preferência às noitadas, regadas a bom uísque, nas casas noturnas da moda. Seu
legado político foi nenhum e seu nome somente ficou gravado porque, pelos seus
destemperos, nos idos de março de 64, provocaram o contra golpe de 31 do mesmo
mês e ano. Afinal, como vivemos tempos medíocres, é normal que se relembre
homens medíocres.
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