terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Surge novidade no ramo da “insegurança pública”: arrastões praticados por jovens que, previamente ajustados através das redes sociais, invadem shopping centers, praticando pequenos furtos e gerando pânico entre lojistas e freqüentadores. A mídia batizou de “rolezinhos” tais incursões, vendo nelas simples e inconseqüente forma de lazer, realizado, via de regra, por adolescentes, alijados do consumo, do qual tais estabelecimentos comerciais representam verdadeiro “templo”. Trata-se, sem dúvida, de perigosa e equivocada visão de problema, da mais alta gravidade e que sairá do controle das autoridades policiais, enquanto não for enfrentado como crime, com as sanções previstas em lei. Em primeiro lugar, tais jovens, na faixa dos 16 anos, não são tão jovens assim, já que possuem discernimento para engendrarem seus planos, através das redes sociais, marcando dia, hora, local e modo para executarem tais ações. O Brasil, preso a um Código Penal, envelhecido em mais de 70 anos e superado pelo desenvolvimento tecnológico, teima em não reduzir a maioridade penal, na contra mão dos países desenvolvidos e até alguns nem tanto. Tal visão obtusa, além de estimular a criminalidade produz excrescências jurídicas como se poder exercer o direito do voto, aos 16 anos, mas restar impune pela prática de crime eleitoral. Em segundo lugar, já resta adormecida no baú do tempo a tese de que o crime decorre de injustiças sociais. O crime, qualquer que seja a idade de seus autores, constitui agressão ao meio social e a pena, em qualquer lugar do mundo, longe de ter conteúdo pedagógico, como essa bobagem de reintegrar o preso na sociedade, é castigo mesmo. Foi exatamente pensando assim que Nova York, que já foi uma das cidades mais violentas do mundo, instituiu o programa “tolerância zero” e hoje apresenta índices de criminalidade equivalente ao dos países nórdicos.  Ou todos firmemos a convicção que tal tipo de ação delituosa tem que ser tolhida, com todo o rigor, ou nos preparemos para vivermos novos tempos em que nem mesmo poderemos ir a um shopping center.

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