quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Uma, dentre tantas lições, que devem ser extraídas das eleições americanas, diz respeito aos gastos de campanha. O noticiário de ontem, 06, dá conta que os dois candidatos consumiram cerca de três bilhões de dólares, arrecadados junto a simpatizantes, pessoas físicas e jurídicas, sem qualquer interferência do poder público. No Brasil, com a hipocrisia que caracteriza nosso sistema político, além dos recursos públicos, repassados aos partidos, propõe-se que as campanhas políticas sejam sustentadas também com tais recursos. Vale dizer, verbas destinadas à saúde, à educação, a obras de infra estrutura, serão desviadas para custear campanhas políticas.  E seria ingenuidade acreditar que os candidatos, usando de artifícios e na clandestinidade não irão bater às portas dos “financiadores” particulares. O financiamento público de campanha atenderá aos sombrios interesses de partidos nanicos, sem expressão política, o que apenas servirá para enriquecer seus “proprietários”. O sistema norte-americano é o ideal: cada partido, cada candidato é livre para arrecadar, onde e com quem quiser. O resto não passa de “tertúlias plácidas para embalar bovinos”, ou, no popular, “conversa mole para boi dormir”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário