Uma, dentre tantas lições,
que devem ser extraídas das eleições americanas, diz respeito aos gastos de
campanha. O noticiário de ontem, 06, dá conta que os dois candidatos consumiram
cerca de três bilhões de dólares, arrecadados junto a simpatizantes, pessoas
físicas e jurídicas, sem qualquer interferência do poder público. No Brasil, com
a hipocrisia que caracteriza nosso sistema político, além dos recursos
públicos, repassados aos partidos, propõe-se que as campanhas políticas sejam
sustentadas também com tais recursos. Vale dizer, verbas destinadas à saúde, à
educação, a obras de infra estrutura, serão desviadas para custear campanhas políticas. E seria ingenuidade acreditar que os
candidatos, usando de artifícios e na clandestinidade não irão bater às portas
dos “financiadores” particulares. O financiamento público de campanha atenderá
aos sombrios interesses de partidos nanicos, sem expressão política, o que apenas
servirá para enriquecer seus “proprietários”. O sistema norte-americano é o
ideal: cada partido, cada candidato é livre para arrecadar, onde e com quem
quiser. O resto não passa de “tertúlias
plácidas para embalar bovinos”, ou, no popular, “conversa mole para boi dormir”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário