Agora o quadro eleitoral começa a tomar corpo: à esquerda
Ciro (ou Lula ou seu poste), ao centro Alkmin e seus indefectíveis aliados e, à
direita, Jair Bolsonaro. A eleição
presidencial deste ano, pela sua incontestável relevância, remete-nos à de
1989, a primeira direta, após o final do período militar. É claro que as
lideranças políticas não são as mesmas, com as atuais chamuscadas pela “lava jato”. Todavia 2018 encerra o
conturbado período petista e a minúscula administração Temer que, com extrema
dificuldade respiratória, chega a seus
estertores. O Brasil, para sobreviver, precisará de muito empenho e arte
do novo Presidente, que deve retomar o desenvolvimento, controlar a inflação e
realizar reformas estruturais, o que não é tarefa para qualquer um. Ciro Gomes
é o destemperado de sempre, o não confiável de sempre que, dentre outras
sandices, propõe o retorno do imposto sindical obrigatório e a revisão da
reforma trabalhista, o que, por si só, demonstra seu descompasso em relação às
necessidades atuais do país. Sua eleição seria lançar o Brasil em buraco negro,
cujo fundo não se pode visualizar. Alckmin, para dar fôlego a sua candidatura,
foi obrigado a se aliar ao “centrão”,
conhecido bloco dos fisiologistas, que negociam, até, cargo de porteiro do
Palácio do Planalto. Se eleito, teremos quatro anos de coisa nenhuma, mera
continuidade do desastrado governo Temer. Sobra, assim, para pura análise, o
nome de Jair Bolsonaro que, apesar de alguns destemperos verbais, representa o
novo, a possibilidade de se dar uma “sacudida”
nas instituições, repondo-se sua credibilidade; A grande imprensa, que sempre
se colocou ao lado do “sistema” –
leia-se, grandes conglomerados financeiros e industriais – pretende demonizar
Bolsonaro, acusando-o de não ter preparo para assumir a Presidência da
República. Mas, Alckmin e Ciro o têm, o primeiro, eterno derrotado,
absurdamente comprometido com o “centrão”,
e, o segundo, com irrealizável plano de governo? Não afirmo que Bolsonaro seja
o ideal, todavia, dentro das possibilidades, que emergem da realidade objetiva,
é nome que merece reflexão dos eleitores que sabem que a eleição de outubro
representa, em definitivo, a esperança de rompermos este estado de letargia,
que corrói as forças econômicas e sociais do Brasil.
P.S.: estas “mal
traçadas” já estavam prontas, quando, na 2ª feira, o programa “Roda Viva” da TV Cultura recebeu o
presidente Alckmin que, citando estatísticas nada confiáveis, prometeu o céu na
terra. Como o time de entrevistadores, de segunda linha do jornalismo, era “chapa branca”, Alckmin “deitou e rolou”. A TV Cultura, se
pretende, com seu “Roda Viva”,
prestar serviço à democracia, deve escolher melhor independentes debatedores,
que a “Casa” os possui, como Airton
Soares, Gaudêncio Torquato, Luiz Felipe Pondé, dentre outros. A não ser assim,
o programa se transforma em palanque eleitoral.
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