quarta-feira, 25 de julho de 2018

Para falar em eleições


Agora o quadro eleitoral começa a tomar corpo: à esquerda Ciro (ou Lula ou seu poste), ao centro Alkmin e seus indefectíveis aliados e, à direita, Jair Bolsonaro.  A eleição presidencial deste ano, pela sua incontestável relevância, remete-nos à de 1989, a primeira direta, após o final do período militar. É claro que as lideranças políticas não são as mesmas, com as atuais chamuscadas pela “lava jato”. Todavia 2018 encerra o conturbado período petista e a minúscula administração Temer que, com extrema dificuldade respiratória, chega a seus  estertores. O Brasil, para sobreviver, precisará de muito empenho e arte do novo Presidente, que deve retomar o desenvolvimento, controlar a inflação e realizar reformas estruturais, o que não é tarefa para qualquer um. Ciro Gomes é o destemperado de sempre, o não confiável de sempre que, dentre outras sandices, propõe o retorno do imposto sindical obrigatório e a revisão da reforma trabalhista, o que, por si só, demonstra seu descompasso em relação às necessidades atuais do país. Sua eleição seria lançar o Brasil em buraco negro, cujo fundo não se pode visualizar. Alckmin, para dar fôlego a sua candidatura, foi obrigado a se aliar ao “centrão”, conhecido bloco dos fisiologistas, que negociam, até, cargo de porteiro do Palácio do Planalto. Se eleito, teremos quatro anos de coisa nenhuma, mera continuidade do desastrado governo Temer. Sobra, assim, para pura análise, o nome de Jair Bolsonaro que, apesar de alguns destemperos verbais, representa o novo, a possibilidade de se dar uma “sacudida” nas instituições, repondo-se sua credibilidade; A grande imprensa, que sempre se colocou ao lado do “sistema” – leia-se, grandes conglomerados financeiros e industriais – pretende demonizar Bolsonaro, acusando-o de não ter preparo para assumir a Presidência da República. Mas, Alckmin e Ciro o têm, o primeiro, eterno derrotado, absurdamente comprometido com o “centrão”, e, o segundo, com irrealizável plano de governo? Não afirmo que Bolsonaro seja o ideal, todavia, dentro das possibilidades, que emergem da realidade objetiva, é nome que merece reflexão dos eleitores que sabem que a eleição de outubro representa, em definitivo, a esperança de rompermos este estado de letargia, que corrói as forças econômicas e sociais do Brasil.
P.S.: estas “mal traçadas” já estavam prontas, quando, na 2ª feira, o programa “Roda Viva” da TV Cultura recebeu o presidente Alckmin que, citando estatísticas nada confiáveis, prometeu o céu na terra. Como o time de entrevistadores, de segunda linha do jornalismo, era “chapa branca”, Alckmin “deitou e rolou”. A TV Cultura, se pretende, com seu “Roda Viva”, prestar serviço à democracia, deve escolher melhor independentes debatedores, que a “Casa” os possui, como Airton Soares, Gaudêncio Torquato, Luiz Felipe Pondé, dentre outros. A não ser assim, o programa se transforma em palanque eleitoral.

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