1. O Ministro Barroso, com aquela
empáfia, que o caracteriza, olhos procurando as câmeras de televisão (“olha nóis na Globo, mãe”) negou
provimento ao habeas de Lula, sob o profundo “argumento jurídico”, segundo o qual o Poder Judiciário é
excessivamente lento e os inúmeros recursos, à disposição dos advogados, em
muitos casos, impossibilitam a aplicação da lei penal.
Ué, pergunto eu, se o Poder
Judiciário está acéfalo e a lei oferece vários recursos ao advogado, a culpa é do réu? Que tal colocar o Poder
Judiciário (principalmente STJ e STF) para trabalhar? E, se são incontáveis os
recursos, por que o próprio Supremo não sugere ao Congresso reduzi-los?
Ah, essa falsa indignação de um
Ministro que, quando advogado defendeu Cesare Batiste contumaz assassino, na Itália!
2. A Ministra Rosa Weber (“quem foi o infeliz que colocou tanto nome
difícil de ler, neste voto, ô gente?”) afirmou que não decide como pensa,
mas, sim, como o colegiado pensa.
Vai ter personalidade assim... lá em
Porto Alegre.
3. O Ministro Toffoli (aquele que foi
reprovado etc. e tal) inovou no Direito e na gramática portuguesa, ao criar a “coisa julgada progressiva”. Eu, que fui
professor de nosso maltratado idioma, por quase 15 anos, sempre pensei – e ensinei
– que “julgado” é o particípio
passado do verbo “julgar”, retratando
fato, definitivamente, concluído. “Aprendo”
com o sapientíssimo Toffoli que não é bem assim, pois o que está acabado pode
continuar acabando. É como dizer que “fulano
morreu, mas continuará morrendo”.
4. O Ministro Marco Aurélio afirmou que
o Juiz não pode julgar pela “capa do
processo”. No caso, a dita capa possui barba e não tem um dedo.
5. O Ministro Celso de Mello, já
invadindo a madrugada, deu aula magna de Direito Constitucional e Internacional,
além de esbanjar independência, desferindo um tapa na infeliz declaração do
General Villas Boas, feita às vésperas do julgamento e outra de oficial da
Marinha, afirmando que as Forças Armadas estavam atentas ao julgamento.
6. O resultado só não envergonha o mundo
jurídico, porque não se pode esperar muita coisa desde raquítico Supremo
Tribunal Federal. Afinal “Nemo dat quod
non habet”. Lula (por quem não tenho qualquer simpatia) vai em “cana”, enquanto:
- Marcelo Odebrecht descansa em sua
mansão de 02 mil metros quadrados;
- Paulo Roberto Costa colhe flores em
seu sítio de Itaipava;
- Cerveró contempla o sol de Ipanema
morrer no mar;
- Fernando Baiano abre a janela de
seu duplex, na Vila Nova Conceição;
- Joesley cavalga em sua goiana
fazenda.
Conclusão: Eta paisinho mal acabado!
“Arraial
d’Ajuda, espera um pouco que eu e meus filhos caninos, estamos chegando!”
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