segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Os Estados Unidos e a Síria

Age com muita prudência o presidente Barack Obama, em querer ouvir o Congresso Americano e, eventualmente, o próprio povo, antes de atacar a Síria. Quando Bush filho “cassou” Sadam Hussein, a imprensa mundial acusou-o de usurpador dos direitos iraquianos e que, na verdade, o petróleo era sua verdadeira meta. Depois do fracasso no Vietnã – que permanece armazenado no coração e mente dos americanos -, aquele povo vê, com inequívoca aversão, o País entrar em conflitos que não lhes diz respeito. A Síria está envolvida em uma terrível guerra civil e o Presidente Assad conta com o apoio de seus vizinhos, Turquia, Iraque, Líbano e, principalmente Irã, com sua, realidade atômica, além da Rússia, que duvida ter o governo sírio utilizado armas químicas. Assim, qualquer intervenção mais aguda, por parte dos Estados Unidos, no conflito interno sírio, pode ser o estopim de um grande incêndio, que irromperá no Oriente Médio e que se irradiará por todo o mundo. Pesquisas dão conta que quase 60% dos americanos são contra a intervenção norte americana. O espetáculo de jovens, desembarcando em caixões, enrolados na bandeira, causam horror. Além disso, Obama, a quem responsabilizam pela crise econômica, sabe que nova guerra, em um momento que o País começa a se recuperar, pode trazer a crise de volta, não só pelo “custo” da guerra, mas também pelo aumento do preço do petróleo e dos entraves nos negócios internacionais. Não se trata, apenas, de “jogar alguns mísseis sobre Bashar Assad” como disse um pernóstico e medíocre jornalista, ontem, 02, em programa de televisão. Trata-se, isto sim, de avaliar, com a maior precisão possível, se estilhaços desses mísseis não irão atingir outros países, inclusive os próprios Estados Unidos.

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