Os Estados Unidos e a Síria
Age com muita prudência o presidente Barack Obama, em querer
ouvir o Congresso Americano e, eventualmente, o próprio povo, antes de atacar a
Síria. Quando Bush filho “cassou”
Sadam Hussein, a imprensa mundial acusou-o de usurpador dos direitos iraquianos
e que, na verdade, o petróleo era sua verdadeira meta. Depois do fracasso no
Vietnã – que permanece armazenado no coração e mente dos americanos -, aquele
povo vê, com inequívoca aversão, o País entrar em conflitos que não lhes diz
respeito. A Síria está envolvida em uma terrível guerra civil e o Presidente
Assad conta com o apoio de seus vizinhos, Turquia, Iraque, Líbano e,
principalmente Irã, com sua, realidade atômica, além da Rússia, que duvida ter
o governo sírio utilizado armas químicas. Assim, qualquer intervenção mais
aguda, por parte dos Estados Unidos, no conflito interno sírio, pode ser o
estopim de um grande incêndio, que irromperá no Oriente Médio e que se
irradiará por todo o mundo. Pesquisas dão conta que quase 60% dos americanos
são contra a intervenção norte americana. O espetáculo de jovens, desembarcando
em caixões, enrolados na bandeira, causam horror. Além disso, Obama, a quem responsabilizam
pela crise econômica, sabe que nova guerra, em um momento que o País começa a
se recuperar, pode trazer a crise de volta, não só pelo “custo” da guerra, mas também pelo aumento do preço do petróleo e
dos entraves nos negócios internacionais. Não se trata, apenas, de “jogar alguns mísseis sobre Bashar Assad”
como disse um pernóstico e medíocre jornalista, ontem, 02, em programa de
televisão. Trata-se, isto sim, de avaliar, com a maior precisão possível, se
estilhaços desses mísseis não irão atingir outros países, inclusive os próprios
Estados Unidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário