segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Ministro Joaquim Barbosa – impossível, para ele, ficar fora da mídia -, concedeu entrevista a “O Globo”, domingo 28, afirmando que, em razão do preconceito racial, o Brasil ainda não está preparado para ter um Presidente negro. Pura bobagem! De lembrar ao Presidente do Supremo que a história do Brasil contempla a figura de negros ilustres, a começar por Machado de Assis, considerado o maior escritor de todos os tempos.
Na verdade, a miscigenação ocorrida no Brasil, não nos permite afirmar quem é branco, na acepção ariana do termo. Ao contrário dos Estados Unidos, onde a conquista de “espaços sociais” pelo negro deu-se, depois de muita luta, no Brasil tal conquista foi natural. Quanto a um negro na presidência, basta aparecer um (que, por certo, não será S. Excelência) que, pelas suas propostas, caia no gosto popular. Convém lembrar que São Paulo, a maior cidade da América Latina, já teve um Prefeito negro, eleito, diga-se de passagem, pelo que o Ministro Joaquim Barbosa chama de “bolsões de intolerância”. Aliás, se houvesse mesmo esse preconceito ele não estaria ocupando a presidência da mais alta Corte de Justiça do Brasil.

Infelizmente, o grande preconceito, que nos mantém como País subdesenvolvido, é o sócio-econômico, que impede que os mais pobres tenham assistência médica e educação adequadas.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Brasil tem um novo candidato a ditador. Trata-se do Presidente do Supremo Tribunal Federal – sempre ele – o Ministro Joaquim Barbosa. Pois não é que sua Excelência, acolhendo ação interposta pela Associação dos Procuradores Federais, suspendeu a Emenda Constitucional, aprovada pelo Congresso Nacional, que criou 04 novos Tribunais Regionais Federais?. Sem pretender entrar no mérito da questão (apesar de achar, como qualquer advogado militante, que novos Tribunais são sempre bem-vindos, por acelerarem a prestação jurisdicional), o que deploro no ato do Ministro Joaquim reside no fato de não ter ele, no mínimo, se dar por suspeito ou impedido para decidir na referida ação. Isto porque, como amplamente divulgado na mídia, de larga data o Ministro vem se manifestando contra a criação dos novos Tribunais, chegando a se indispor, até agressivamente, com entidades representativas da Magistratura, defensores da emenda constitucional. Parece, assim, estar caracterizado o “motivo íntimo” que, conforme estabelece o Parágrafo Único do artigo 135 do Código de Processo Civil, justifica a auto declaração de suspeição. De se acrescentar que obstar a aplicação da Emenda Constitucional é clara usurpação de Poder, já que foi ela aprovada pelo  competente, no caso, o Legislativo. Registre-se o fato, para evidenciar o espírito ditatorial, que norteia o Ministro Joaquim e identificada desde a época do julgamento do “mensalão”. Mais uma vez, tudo indica que o Ministro quer mesmo é “jogar para a platéia”.O Brasil tem um novo candidato a ditador. Trata-se do Presidente do Supremo Tribunal Federal – sempre ele – o Ministro Joaquim Barbosa. Pois não é que sua Excelência, acolhendo ação interposta pela Associação dos Procuradores Federais, suspendeu a Emenda Constitucional, aprovada pelo Congresso Nacional, que criou 04 novos Tribunais Regionais Federais?. Sem pretender entrar no mérito da questão (apesar de achar, como qualquer advogado militante, que novos Tribunais são sempre bem-vindos, por acelerarem a prestação jurisdicional), o que deploro no ato do Ministro Joaquim reside no fato de não ter ele, no mínimo, se dar por suspeito ou impedido para decidir na referida ação. Isto porque, como amplamente divulgado na mídia, de larga data o Ministro vem se manifestando contra a criação dos novos Tribunais, chegando a se indispor, até agressivamente, com entidades representativas da Magistratura, defensores da emenda constitucional. Parece, assim, estar caracterizado o “motivo íntimo” que, conforme estabelece o Parágrafo Único do artigo 135 do Código de Processo Civil, justifica a auto declaração de suspeição. De se acrescentar que obstar a aplicação da Emenda Constitucional é clara usurpação de Poder, já que foi ela aprovada pelo  competente, no caso, o Legislativo. Registre-se o fato, para evidenciar o espírito ditatorial, que norteia o Ministro Joaquim e identificada desde a época do julgamento do “mensalão”. Mais uma vez, tudo indica que o Ministro quer mesmo é “jogar para a platéia”.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Sentido da Vida

Seguindo um hábito trintenário, lá ia eu, naquele frio começo de noite, a caminhar pelo parque, pensamentos ainda não despregados do cotidiano. Notara que, já por duas voltas, um homem me cumprimentara, até com certa afabilidade. Tantos anos de andança, por certo seria um conhecido, que minha memória, já fraquejante, não reconhecia. Na terceira volta -andávamos em sentido contrário – ele me abordou, a perguntar se podia caminhar comigo.
- “é claro, com prazer”, respondi. A princípio falamos amenidades, o frio, que deixava o parque vazio, o trânsito, ainda intenso àquela hora. Pouco a pouco foi falando de si e eu bom ouvinte, até por curioso que sou, deixei-o falar, sem interromper.
Acabara de completar 52 anos – apesar de aparentar quase 60 – casamento de 25 anos desfeito pelos desgastes cotidianos que, se não bem administrados, destroem qualquer relacionamento. A ex-mulher casara com outro e, mais do que ressentimento, descobriu que ela ainda era fundamental em sua vida, mas ele nada mais representava para ela. Um único filho, criado, morando nos Estados Unidos, onde fora tentar a vida. Enfim, era um homem só, incapaz de conviver com a solidão. Parou de falar, como a esperar que eu lhe dissesse uma palavra mágica, que o livrasse daquela tristeza.
Disse-lhe alguma coisa, tão óbvia, quanto inútil e lhe perguntei se gostava de ler, hábito que nos ajuda a aplacar a solidão. Mas não foi com essa intenção que perguntei. É que, leitor compulsivo, com tantos fevereiros acumulados, dificilmente impressiono-me com um novo livro, a ponto de recomendá-lo a terceiros. Acontece, porém, que, recentemente, caiu-me às mãos uma obra, já em sua 33ª edição, onde o autor, psiquiatra, professor na Universidade de Viena, narra sua dolorosa experiência, como prisioneiro de campo de concentração nazista e da qual retira os fundamentos do que chama de “logoterapia”, por ele conceituado como um tratamento que “confronta o paciente com o sentido de sua vida e o reorienta para o mesmo”.
Sua dura experiência no campo de concentração lhe ensinara que os que conseguiam sobreviver ancoravam-se no “sentido da vida”, encontrado em diversas razões, como, por exemplo, a esperança de encontrar o filho, que, ao início da guerra, fugira para a América, ou do cirurgião que esperava divulgar a nova técnica, que desenvolvera. A contrário senso, o psiquiatra – autor constatou que pessoas, mesmo fisicamente mais fortes, mas que não conseguiam identificar um sentido para continuar vivendo, acabavam morrendo.
Na essência, a “logoterapia” não passa da sedimentação da “esperança”, tão fundamental que foi erigida a virtude teologal, ao lado da fé e da caridade. Conversei sobre o tema com meu companheiro andarilho, obtive-lhe o endereço e, dois dias depois, mandei-lhe o tal livro. Ontem, na mesma boca da noite, voltei a encontrá-lo. Ele me cumprimentou sorridente e apenas me disse: “estou em busca de uma razão para continuar vivendo. Ainda não achei, mas a expectativa de encontrá-la tem tornado possíveis meus dias.
Quanto ao livro, que recomendo aos angustiados ou não, trata-se de “Em busca de sentido”, Viktor E. Frankl, editora Vozes, 33ª edição.

Fico devendo mais esta ao dileto colega, Dr. Ivo Galli, que me proporcionou conhecer tão marcante obra.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Dezenas de analistas, com maior, menor ou nenhuma qualificação, avaliaram, de diferentes ângulos, as manifestações populares, que se espalharam pelo Brasil, no mês de junho ultimo. De um modo geral, entenderam-na como “combustão espontânea” contra a corrupção, os maus serviços públicos etc, etc. Eu, que não sou analista de coisa alguma (se bem que nos idos tempos de estudante navegava, sem temor, pelos intrincados mares da “analise sintática”), espero os ânimos serenarem, assisto à patética reação de governo e congresso e faço minha reflexão sobre o tema, sem a preocupação que a considerem tresloucada.
Acho que ninguém discorda que a “classe operaria chegou ao Paraíso”, ou o PT chegou ao Poder com o indispensável apoio da classe media, exaurida por ver o interesse público (educação, saúde, transporte, etc,etc) ser vilipendiado, enquanto interesses políticos, via de regra, espúrios, ocupavam a prioridade dos governantes. Foi nesse instante, que a classe média, acreditando na “boa-nova” da esquerda, Lula à frente, instalou-a no poder. Novos tempos viriam: quase nenhuma corrupção, melhor ensino, melhor assistência médica, melhores transportes, etc, etc. Seria o sonho, transformado em realidade.
Passados pouco mais de 10 anos, a classe media acordou e viu que o sonho se transformara em pesadelo e nada mudara, ou melhor, mudara, mas para pior: as cabeças “estrelares” foram condenadas, no epicentro do “mensalão”, os projetos sociais foram substituídos pelo “projeto FIFA”, a economia vai ladeira abaixo e a velha inflação, adormecida desde os tempos de FHC, volta a incomodar, principalmente o bolso da mesma classe media. E essa, despertada do sonho, veio às ruas, em um “mea culpa” inconsciente.
Quando gritavam “abaixo o governo”, em verdade, queriam dizer “abaixo nós mesmos” que colocamos este pessoal no comando do País. Abaixo nós mesmos, tontos que fomos, por acreditarmos que, ao chegar ao poder, a “estrela” ia brilhar, iluminando o povo.

A classe media voltou para casa, triste, amargurada, aguardando o perdão dos que nunca sonharam, porque sabem que um País só dá certo, nas mãos dos mais capazes que, com certeza, não estão em Cuba, na Venezuela e, muito menos em Brasília.