REFLEXÃO SÔBRE A QUARESMA
Inicia-se
o tempo da quaresma. Tempo de reflexão, de mergulharmos em nosso verdadeiro íntimo
e avaliarmos o que temos feito de nossas vidas e como podemos melhorá-la. Todavia,
o foco da reflexão não pode ser o “eu”, egoisticamente falando. O Evangelho de
Mateus, que inaugura o tempo quaresmal, propõe-nos que nos avaliemos em função das
chamadas virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade. Todavia, no
Evangelho, Cristo recomenda que exercitemos tais virtudes sem alarde, basta que
Deus delas saiba. “Publicidade” é a exteriorização da hipocrisia, que apaga o
valor da virtude exercitada. No que consiste à reflexão, não pode ser ela mero
ato intimista e estático. Refletir para se converter, tomado como sinônimo de
mudar. Até que ponto estamos servindo ao próximo, expressão sintetizada da “caridade”?
Até que ponto nossa oração brota, realmente, de nosso íntimo, expressão
sintetizada da “fé”? Até que ponto acreditamos, com convicção e ações
concretas, que podemos ajudar na construção de um mundo melhor, mais justo, expressão
sintetizada da “esperança”? Esta é a reflexão que o período quaresmal nos
impõe, junto com a ressurreição de Cristo, possamos, nós também, alcançarmos
nossa ressurreição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário