O VERDADEIRO SENTIDO DA RENÚNCIA
DO PAPA
Os idiotas
de plantão, que falam da Igreja de Cristo sem nunca a terem freqüentado, já
estão vendo, na renúncia do Papa, causas nebulosas, como a revelação dos
segredos do Vaticano que, diga-se de passagem, não trouxe nenhuma repercussão, pelo
vazio do conteúdo, ou, até mesmo, uma espécie de golpe de Estado, perpetrado
por lá não se sabe quem. De igual sorte, já tocam suas desafinadas trombetas, afirmando
que o novo Papa a ser escolhido, deverá provocar mudanças estruturais na
Igreja, para conter a suposta progressiva evasão de fiéis. Duplo e rotundo
equívoco: em primeiro lugar, o gesto
de Bento XVI deve ser visto como ato de profundo respeito e amor a seu rebanho.
Impossibilitado por motivos de saúde, de continuar seu pastoreio com a
dedicação e competência, que marcaram seu mandato, preferiu abrir mão do mesmo.
A seu exclusivo juízo, sair capengando pelo mundo, a demonstrar sua dor, seria
falsa demonstração de humildade. Pregou, acima de tudo, a verdadeira propagação
qualitativa da fé. O verdadeiro cristão pode até questionar, mas deve obedecer,
seguir seu guia temporal maior. Quem não tem essa capacidade de se curvar a seu
líder, pode bater em outra porta, principalmente naquelas que oferecem vantagens
materiais imediatas. Bento XVI foi homem de ação e, mais do que qualquer um, aproximou-se
de outros verdadeiros líderes religiosos, buscando o entendimento, em prol da
paz mundial, principalmente entre mulçumanos e cristãos. O segundo equívoco é imaginar que o próximo Papa vai provocar
mudanças estruturais na Igreja, nos seus princípios, solidificados, ao longo de
mais de dois milênios. Por certo, o aborto, a união homo afetiva e outras
aberrações, pretendidas por não católicos, continuarão proscritas. A missão do
novo Papa será continuar lutando contra as desigualdades sociais, os conflitos,
de qualquer natureza, o egoísmo e pregando a fé, a esperança e a caridade. O
resto é pura manifestação dos que, por passarem ao largo da Igreja de Cristo, dizem
o que não sabem.
Por mero
palpite, acho que o próximo Pontífice será escolhido entre os Cardeais Angelo
Scola, Arcebispo de Milão e Angelo Baganasco, chefe da Conferencia Episcopal
Italiana. Mas, qualquer que seja o escolhido, terá gravada em sua mente, a
suprema missão, outorgada por Cristo: “Tu
és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do Inferno não
prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que
ligares na terra, será ligado nos céus e o que desligares na terra, será
desligado nos céus.”